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O que os mestres da política têm a ensinar sobre como lidar com os inimigos

8/7/2009

Artigo

Este é um alerta de fundamental importância para quem atua na política. Não caia na tentação de tratar adversários como inimigos.

Nunca confunda adversário com inimigo

Este é um alerta de fundamental importância para quem atua na política. Não caia na tentação de tratar adversários como inimigos, nem no erro fatal de tratar inimigos como meros adversários: os primeiros poderão acabar tornando-se inimigos e os segundos não mudarão seus sentimentos.


Adversários você sempre terá. Contra eles vai concorrer, com eles vai disputar espaço político, prestígio, poder. Adversários, entretanto mudam com o tempo e as circunstâncias, são conjunturais. O adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã.

A disputa entre adversários pode e costuma ser dura. Envolve ataques, acusações e hostilidade. Seu desfecho eleitoral implica, necessariamente, em exclusão do poder para um dos concorrentes. Entre adversários, porém, não existe ódio. O que distingue o conflito entre adversários e entre inimigos é a presença do ódio como fator dominante, como motivação principal .

O ódio é pessoal, definitivo, irreversível e irracional. É um sentimento que lança suas raízes no plano mais íntimo da individualidade das pessoas. Seu objetivo real (muitas vezes não reconhecido), é a eliminação completa do inimigo (eliminação seja no campo da vida política, da vida social, econômica, profissional, e, no limite, o próprio desejo da morte física).

As instituições democráticas são as formas mais civilizadas de convívio político, exatamente porque institucionalizam o conflito, ao tempo em que fixam os seus limites. O pluralismo, a liberdade de organização política e de associação, os direitos individuais, os direitos das minorias, a divisão de poderes, as eleições periódicas, são princípios constitucionalmente garantidos, para proteger a liberdade.

Suas normas, ao manterem o conflito dentro de limites que respeitem os direitos dos cidadãos, tornam o conflito político previsível, limitado e, por consequência, legítimo. O que são as eleições senão um conflito limitado entre adversários, com regras explícitas, isentas e compartilhadas para definir quem vence?

A política, pela sua inescapável natureza competitiva, e, mais ainda, pela forma pública que esta competição assume, é um campo de atividades, onde proliferam adversários e inimigos. Só não tem adversário, nem se expõe a criar inimigos, quem é politicamente inofensivo. Quem tem ambição e luta por seus objetivos, por certo terá adversário, e talvez, ao longo da carreira, inimigos.

Com os adversários não é preciso gastar tempo para analisá-los. São participantes do jogo da política democrática, são competidores, por vezes duros e até desleais, mas o que desejam é vencer a eleição, assumir o poder, e ocupar os cargos.

Não os move um ódio pessoal, nem um desejo de destruição que são característicos dos inimigos. O adversário contenta-se em derrotá-lo. O inimigo, ao contrário, só encontra paz destruindo-o. Quando as razões da inimizade são pessoais

"V. Exa. perdoa seus inimigos?”
“Eu não perdôo meus inimigos, já os matei a todos”
(General Ramón Narváez respondendo, no seu leito de morte, à pergunta do sacerdote)

Há inimizades, cuja razão é de natureza pessoal, e outras em que a razão é de natureza estritamente política. Quando a razão da inimizade for pessoal, ela é irremovível. Inimigos costumam ser mais fiéis que amigos, e, quando a razão é pessoal, ela é “curtida” em silêncio, cultivada com o adubo do ódio, crescendo e cristalizando-se com o tempo.


Ao se transferir para o mundo da política, entretanto, ela é “fantasiada” de motivos nobres e elevados, para poder se justificar perante a opinião pública. Assim, a inimizade pessoal, quando se exterioriza na política, assume convenientemente a forma de um conflito político. É preciso, pois, saber distinguir com clareza a hostilidade política da inimizade pessoal travestida de argumentos políticos.

É muito difícil lidar com uma situação como essa.

Em primeiro lugar, porque é muito perturbador encarar o ódio contra você em ação. Em segundo lugar porque você fica com poucas alternativas de ação para dele se defender.

A você não interessa tentar desmascarar seu inimigo, mostrando ao eleitor que a razão da hostilidade não é política e sim pessoal. Caso você o convença, o resultado, para ele é a sensação de que há uma tentativa de envolvê-lo num conflito que não lhe interessa, e que depõe contra aqueles, que usam uma eleição para resolver suas diferenças pessoais.

Além disso, saiba que não será fácil convencer o eleitor. Seu inimigo vai insistir que, da parte dele, não há nada de pessoal no conflito, que a diferença que tem contra você, por mais profunda e radical que seja, é exclusivamente política.

Fica você então, na obrigação de provar que ele mente e que a razão é pessoal. Em outras palavras, fica você com o ônus de remexer baús, buscar lembranças de agravos e, em resumo, assumir a responsabilidade de arrastar o debate político para o campo das desavenças pessoais, que não interessam ao eleitor.

Para não cair nessa situação desgastante, não lhe resta alternativa senão a de tratar politicamente o conflito, embora saiba que a razão e motivação dele é pessoal. Ter que lidar com um conflito irremovível, cuja razão é pessoal, “fazendo de conta” que é um conflito político, é muito exasperante, psicologicamente oneroso, além de complicado estrategicamente.

A cada crítica que sofrer, você terá que decodificar todos os significados implícitos, todos os sentimentos que a animaram, e que, não sendo dos outros conhecidos, a eles parecerão meras críticas políticas. Mas a você elas atingem de forma muito mais profunda. Despertam em você o desejo de devolver a agressão, e até, em muitos casos, de partir para o confronto pessoal e físico.

Você viverá permanentemente a sensação de sentir-se vigiado, perseguido, acuado, sabendo que, diante do menor erro que cometer, seu inimigo estará pronto para explorá-lo de forma impiedosa.

Você terá que conviver com a plena consciência de que seu inimigo, para fazer-lhe mal, é capaz de agir contra seu próprio interesse pessoal e político. Se for verdadeiramente um inimigo duro e irreconciliável, cujas razões são de ordem pessoal, pouco ou nada tem a perder, já que seu real objetivo é destruí-lo. Este é o perfil do inimigo que se deve evitar. É aquele do qual se diz que:

“Mil amigos não são suficientes, um inimigo o é. Não existe inimigo inofensivo”.


Acima de tudo, não caia no engodo de tentar mudar seus inimigos, e, se não conseguir torná-los amigos, tentar pelo menos lograr neutralizá-los, removendo a inimizade. Se são verdadeiros inimigos, interpretarão o seu gesto como fraqueza, como revelador do medo que tem deles. Poderão fingir que aceitam a aproximação para conhecer melhor seus pontos fracos, seus segredos, suas carências para atacá-lo, no momento em que estiver mais vulnerável.

Adversários você pode tentar mudar, e até transformá los em novos amigos. Inimigos nunca. Inimigo não se tenta mudar. A melhor política com eles é mantê-los à distância, isolá-los e retirar-lhes o espaço de manobra. Estas cautelas são necessárias porque os inimigos nunca esquecem.

Num texto clássico, de sua obra definitiva, Maquiavel descreve a trajetória política de Cezar Bórgia, filho do Papa Alexandre VI e irmão de Lucrécia. Depois de analisar a carreira política do Duque, símbolo da mais absoluta falta de princípios e escrúpulos que marcava a política italiana no período do Renascimento, Maquiavel afirma:

“Revisando assim todas as ações do Duque, eu não encontra nada para criticá-lo. Ao contrário, eu sinto-me no dever de tomá-lo como um exemplo a ser imitado por todos aqueles que, pela fortuna (sorte) e com as armas de outros conquistaram o poder.”

Maquiavel, entretanto, tem uma crítica, e apenas uma, a fazer às ações do Duque: o de ter permitido que um cardeal, (Júlio II) dentre aqueles a quem havia injuriado, ou que, quando papa, viesse a ter medo dele, conseguisse ser eleito. Embora não tivesse o poder de impor o papa de sua preferência, mantinha poder suficiente para impedir a escolha de quem pudesse se tornar seu inimigo. Em outras palavras, não tinha o poder de nomear, mas tinha o de vetar.

Este o único erro que Maquiavel estava preparado para admitir, na trajetória política de Cezar Bórgia. Um erro fatal porque:

“... quem pensa que, entre personagens importantes, novos benefícios fazem esquecer antigas injúrias, comete um grande erro. O duque errou na sua escolha, e este erro foi a causa da sua desgraça.”


Francisco Ferraz

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