FESTA DE BOM JESUS DOS NAVEGANTES
Procissão
fluvial realizada em várias cidades do Estado, sempre no mês de
janeiro. Destaque para as procissões de Aracaju, no primeiro dia do
ano; de Propriá e Neópolis, respectivamente, no último domingo do
mês e no primeiro domingo. Em Aracaju, a procissão percorre o
estuário do rio Sergipe e em Propriá e Neópolis o São Francisco.
FESTA DE REIS
O
Dia de Reis é comemorado em vários municípios sergipanos com missas,
procissões, cortejos de grupos folclóricos e grandes festas, sempre
na primeira semana de janeiro. Em Laranjeiras, a 23 km de Aracaju, a coroação da "Rainha das
Taieiras", no dia 6 de janeiro, é o ápice da festa realizada na
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
Em alguns
municípios a exemplo de Japaratuba e Pirambu, a divertida "Batalha
das Cabacinhas" faz parte das comemorações do Dia de Reis. Na
"batalha", uma brincadeira inspirada nos antigos carnavais, quando
as pessoas "guerreavam" com talco, farinha e ovos, as cabacinhas -
feitas de parafina e recheadas com água perfumada -, são atiradas
nas pessoas, sem causar nenhum dano à saúde. É difícil não entrar na
brincadeira.
FEIRA DE
SERGIPE Durante o evento, que ocorre anualmente no mês de janeiro na
Orla de Atalaia, em Aracaju, os municípios sergipanos mostram o que
há de melhor em cada deles. No local, há exposição de produtos
artesanais e comidas típicas de cada região. O evento, também, tem
vasta programação artístico-cultural, mostrando o rico folclore
sergipano e o talento dos artistas locais.
ENCONTRO
CULTURAL DE LARANJEIRAS
Sempre no mês
de janeiro, a cidade de Laranjeiras, berço da economia de Sergipe,
recepciona a intelectualidade brasileira ao sediar uma dos mais
importantes encontros culturais do país. Paralelamente ocorre um
simpósio que serve de base para pesquisas, estudos e divulgação de
trabalhos voltados à cultura popular. Um museu a céu aberto sobre o período da escravidão, Laranjeiras é
conhecida, também, pelo importante trabalho de preservação das
tradições folclóricas não só de Sergipe mas de todo o Nordeste. A cultura se espalha ainda por outros municípios do Estado, que
realizam, também, encontros culturais. Dentre eles, merecem destaque
os de Propriá - sempre na última semana de janeiro -, Pirambu, com o
Culturarte em fevereiro -, Itaporanga D`Ajuda e Neópolis.
PRÉ-CAJU:
EM ARACAJU COMEÇA O CARNAVAL DO BRASIL
Maior
prévia carnavalesca do país, o Pré-Caju reúne nos seus quatro dias
de folia mais de 200.000 pessoas. O Corredor da Folia, na Avenida
Beira Mar, em Aracaju, recebe blocos carnavalescos animados por
nomes de peso do cenário musical brasileiro. Ao longo da avenida,
camarotes e arquibancadas são montadas especialmente para o evento,
que no ano 2002 acontecerá no período de 24 a 27 de janeiro. A festa terá nove blocos carnavalescos, sendo três alternativos,
cinco oficiais e um bloco infantil animando a festa. Na programação
destaque para atrações como Chiclete com Banana, Araketu, Banda Eva,
Netinho, Márcia Freire, Timbalada, Cheiro de Amor e Ivete Sangalo,
dentre outros.
CARNAVAL Comemorado em todo Estado. Destaque para os municípios de
Neópolis - a capital sergipana do frevo, onde o tradicional carnaval
de rua é animado pelo bloco de Zé Pereira -, Pirambu e Estância que
realizam a festa nas praias, tendo como atrações grandes nomes da
música popular brasileira.
OS PENITENTES Na Semana Santa e no dia de finados, grupos que variam de 05 a
20 homens se reúnem nas cidades de Ilha das Flores, Tomar do Geru e
Japaratuba, para o pagamento de promessas. Conhecidos como
Penitentes, os homens utilizam roupas brancas e um capuz. Como
penitência praticam a auto-flagelação. A Igreja não apóia a prática,
atribuída por antropólogos a uma deturpação das penitências
medievais.
FESTA DOS
CAMINHONEIROS Maior encontro nacional da categoria, realizado anualmente no
período de 9 a 13 de junho, na cidade de Itabaiana, conhecida como a
"Capital Nordestina dos Caminhoneiros". Uma tradição de quase 40 anos, a festa reúne caminhoneiros de todo o
Brasil em uma homenagem a Santo Antonio, o padroeiro da cidade e,
também, para comemorar o Dia do Caminhoneiro. Na programação são
incluídos eventos religiosos e sociais, com ênfase à procissão (13
de junho), a shows artísticos, gincanas e desfile de caminhões. Paralelamente é realizada a Feira Nacional do Caminhão, exposição de
produtos e serviços ligados ao setor de transportes e cargas.
FESTAS
JUNINAS Durante
todo o mês de junho, o Sergipe vira um imenso arraial para celebrar
os três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. A diversidade
do festival junino em Sergipe é o que garante o melhor São João do
Brasil. Afinal são 75 cidades envolvidas com os festejos que
transformam o Estado no País do Forró. Quem passa os festejos
juninos em Sergipe, nunca esquece. Cada cidade celebra as datas com características muito próprias. É
um espetáculo variado de cores e sabores para agradar a todos os
gostos. Uma grande festa gastronômica segue paralela aos fogos de
artifício e às musicas. Brincadeiras, grupos folclóricos desfilando
nas ruas, muito forró, xote, xaxado e baião - ritmos musicais
genuinamente nordestinos, comida típica da melhor qualidade, paz e
harmonia fazem parte da festa. Destaque para as cidades de Aracaju - onde se brinca o ForróCaju até
o sol raiar -, Estância - com seus sensacionais shows pirotécnicos e
tradicionais grupos folclóricos -, e Areia Branca, onde a festa é no
forródromo, especialmente construído para celebrar o São João da Paz
e do Amor.
SERGIPE É O
PAÍS DO FORRÓ Em
Sergipe se brinca mesmo o melhor São João do Brasil. Quando os
ponteiros do relógio se cruzam marcando zero hora do dia primeiro de
junho, Sergipe se transforma no País do Forró, o maior arraial
brasileiro. São seis os municípios de maior tradição: Aracaju,
Estância, Areia Branca, Cristinápolis, Muribeca e Capela.No entanto,
merecem destaque, também, os festejos de Itaporanga D`Ajuda,
Pacatuba, Rosário do Catete e Pirambu. Enfim, nessa época do ano nos
75 municípios do Estado a alegria é contagiante, pois aqui festa
junina é coisa séria.
O roteiro
começa por Aracaju. Na Rua São João, zona norte da cidade, os
moradores se encarregam de toda a organização da festa, com início a
zero hora do dia 1º de junho, com queima de fogos de artifício e
colocação do tradicional mastro. Há concurso de animadas quadrilhas
juninas e casamento caipira. As ruas, em Aracaju, são clareadas
pelas fogueiras, que queimam nas noites de véspera e dia de Santo
Antônio, São João e São Pedro, os três santos homenageados no mês. No espaço dos mercados Antonio Franco e Thales Ferraz, ao lado do
mercado municipal, o ForróCaju reúne hoje a população da capital, de
todas as classes sociais, para brincar irmanadas na festa mais
tradicional para o povo sergipano.
Em
Estância, a 68 quilômetros de Aracaju, o mais belo espetáculo
pirotécnico do Brasil: um barco, impulsionado por foguetes,
fabricados à base de pólvora, é acionado para o delírio dos que
assistem ao show. O barco desliza elegantemente por um fio metálico,
com extensão média de 50 metros. Ao final, as pessoas se divertem
numa ousada batalha de busca-pés. Conta-se que anualmente os
fogueteiros, os melhores de Sergipe, preparam cinco mil quilos de
pólvora para a fabricação dos fogos. Cantos e danças folclóricas
animam o ritual da preparação da pólvora.
Bem próxima a
Estância, na divisa com a Bahia, Cristinápolis, a 115 quilômetros de
Aracaju, é outro ponto estratégico dos festejos juninos em Sergipe.
Mesmo sem ser um centro de produção dos artefatos juninos, o povo se
diverte, e muito, com as batalhas de busca-pés, num belíssimo e
inesquecível espetáculo.
A
viagem junina em Sergipe reserva, ainda, outra parada obrigatória:
Areia Branca. Bem diferente de Estância e Cristinápolis, em Areia
Branca, distante 36 quilômetros da capital, uma lei municipal proíbe
a queima de fogos de artifício. O São João da Paz e do Amor, como é
conhecido, é realizado no forródromo, que pode receber 100 mil
pessoas. Como não há queima de fogos, as ruas são embandeiradas e as
casas se transformam em salões de bailes. No palco do forródromo um
desfile de astros nacionais e regionais anima a festa.
Areia
Branca se despede dos festejos juninos com a maior mesa brasileira,
preparada para um café da manhã. É sempre na manhã do dia 30 de
junho. A população atende o convite da prefeitura e leva para o café
o que há de melhor da cozinha regional: cuscuz - de arroz e de
milho, macaxeira (aipim sulista), pamonha, canjica e bolos. No café
da manhã, batizado de comunhão do forró, servido numa mesa de 100
metros de comprimento, as delícias da culinária regional são
degustadas por 15 mil convidados.
É preciso
bastante fôlego para cumprir todo o roteiro dos festejos juninos em
Sergipe. Do São João vamos para o São Pedro, brincado de modos diferentes em
Capela e Muribeca, distantes 67 e 72 quilômetros, respectivamente,
da capital. Em Capela, bem ao estilo de Estância, a festa tem queima
de fogos de artifício, como a batalha de busca-pés.
Tradicionalmente, na manhã do dia 28 de junho, homens, mulheres e
crianças se dirigem para uma mata nas redondezas da cidade. Uma
árvore, previamente marcada, é arrancada.
As
pessoas voltam para a cidade cantando alegres músicas regionais e
folclóricas e fincam o tronco, adornado de prêmios. No dia 29, dia
de São Pedro, uma multidão se concentra diante do mastro, onde é
acesa uma enorme fogueira. Quando o mastro cai, as pessoas avançam
para pegar os prêmios, em meio a uma gigantesca batalha de
busca-pés. Gritos de vitória dos guerreiros são ouvidos, e que se
misturam ao som das músicas folclóricas.
A culinária
junina de Sergipe é um capítulo à parte. Tudo à base do milho e do
arroz. É a pamonha, a canjica, o cuscuz, o arroz doce, o mingau, os
bolinhos, a macaxeira, a carne do sol, a carne ensopada - carnes de
boi e de porco misturadas, o leite - de cabra e de vaca. Para os que
gostam de um delicioso aperitivo, os licores da temporada são de
tangerina, jenipapo, café, limão, pitanga e de tamarindo.
CORRIDA DE JEGUE Proporcionando boas gargalhadas, a corrida de jegue - competição
feita sobre jegues fantasiados -, acontece anualmente em vários
municípios sergipanos, a mais tradicional é a de Itabi, região Norte
do Estado Sempre na segunda semana do mês de setembro, o evento faz
parte das comemorações do Dia de São Benedito, padroeiro da cidade.
FASC -
FESTIVAL DE ARTE DE SÃO CRISTÓVÃO Evento anual, tradicionalmente no mês de setembro, o Festival de
Artes de São Cristóvão é um espaço aberto para manifestações e
apresentações culturais e artísticas. No período são realizados
exposições, debates e workshops, promovendo a cultura sergipana.
FESTA DA
LARANJA Tradicional festa da cidade de Boquim, maior produtor de laranja
do Estado. Em 2002, o evento terá sua 35ª edição em setembro.
FESTA DO
CARRO DE BOI A festa faz parte do calendário de eventos de vários municípios
sergipanos, com destaque para a realizada em Tomar do Geru, ao Sul
do Estado.
FESTA DO
VAQUEIRO / VAQUEJADAS É realizada em diversos municípios sergipanos durante todo o
ano. Na programação: vaquejadas, exposições agropecuárias, shows
artísticos e missa do vaqueiro. Destaque para Lagarto e Porto da
Folha.
COCOFOLIA Carnaval fora de época, realizada anualmente no mês de dezembro
na praia de Atalaia Nova, na Ilha de Santa Luzia (município de Barra
dos Coqueiros). Durante todo ano eventos semelhantes, conhecidos como micaretas, são
realizadas em vários municípios sergipanos.
FESTAS DA
FÉ Acontecem durante todo o ano para homenagear os santos
padroeiros. Procissões, novenas e missas atraem os milhares de
fiéis. Em Sergipe, os municípios considerados roteiro da fé são
Divina Pastora, São Cristóvão e Carmópolis.
A festa da
padroeira de Divina Pastora reúne os devotos anualmente no mês de
outubro, na procissão que percorre 9 km, entre os municípios de
Riachuelo e Divina Pastora. Em São Cristóvão, a procissão do Senhor dos Passos, que mesmo não
sendo padroeiro da cidade, atrai milhares de fiéis, pagadores de
promessas, sempre no 2º domingo da Quaresma. Reza a lenda, a imagem do Senhor dos Passos foi encontrada nas águas
do rio Paramopana, dentro de um caixote de madeira. Nada se sabe da
sua procedência, no entanto consta que trazia como destinatário a
cidade de São Cristóvão de Sergipe Del Rey. A imagem foi colocada na
Igreja da Ordem Terceira do Carmo, dando início, a partir daí, à
tradicional Festa da Penitência - chamada Festa dos Passos -.
A festa de
Nossa Senhora do Carmo, dedicada à padroeira, é realizada anualmente
em Carmópolis entre 07 e 16 de julho. No dia 16 uma grande procissão
percorre a cidade em direção ao Monte Carmelo, réplica do monte de
mesmo nome localizado na Palestina. A procissão tem suas origens na
influência dos padres carmelitas que, no século XVII, fundaram a
Missão de Nossa Senhora do Carmo. No topo do Monte Carmelo, a imagem
de Nossa Senhora do Carmo - a terceira maior do Brasil com quase 25m
de altura, incluindo a base -, atrai romeiros o ano inteiro.
CAVALHADAS As cavalhadas, tradição cujas raízes são originadas na Idade
Média. Na península Ibérica, o tema está associado às lutas dos
cristãos contra os mouros, às guerras de conquista na África e à
devoção a Nossa Senhora de Assunção. Trazida para o Brasil, a
Cavalhada mantém a tradição medieval encenando as batalhas entre os
cristãos e mouros
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