No ano de seu lançamento, em 1980, o Gol chegava ao mercado nas versões básica e L. Trazia equipamentos considerados inovadores para a época, como o opcional cinto de segurança de três pontos. O modelo, porém, não conseguiu arrebatar os corações dos consumidores logo de cara por conta de seu fraco desempenho, apesar de ser um carro de menos de 800 quilos.
Em fevereiro de 1981, a gama se estendia às configurações S e LS, dotadas de motor de 1,6 litro que chegava aos 56 cv graças a dois carburadores. Três meses depois, a família começou a crescer com a chegada do sedã Voyage e, no ano seguinte, foi a vez da perua Parati e da picape Saveiro ganharem as ruas brasileiras.
A família “quadrada” sofreu retoques estéticos e poucas alterações mecânicas até a sua renovação mais ousada, que deu origem a uma segunda geração, no final de 1994. Mais conhecido por Gol “bola”, o modelo chegava para bater de frente com o Chevrolet Corsa, a sensação do momento. Cinco anos mais tarde, surge a geração III, que era nada mais que a mesma carroceria com a frente, traseira, para-choques e painel modificados. Essa linha perdurou até 2005 com a chegada da Geração IV, a menos “carismática” até então.
Pioneiro
Apesar de toda a sua simplicidade, o Gol foi o primeiro carro nacional a adotar o sistema de injeção eletrônica, em 1989, na versão esportiva GTI (o sonho de dez entre dez jovens da época), que utilizava o motor de 2,0 litros de 112 cv emprestado do Santana. Além disso, foi também o primeiro modelo de fabricação em série a oferecer o sistema bicombustível, em 2003.
Comercializado no País há quase 30 anos, o Gol é um automóvel que conquistou a confiança dos motoristas por causa de sua robustez e pela fama de manutenção barata, mas, com a chegada de concorrentes mais modernos, o modelo se viu ameaçado, principalmente pelo Fiat Palio, lançado em 1996. Tanto que o modelo da marca italiana ainda o persegue na corrida pelo primeiro lugar no mercado de compactos. Nos segmentos de perua e picapes pequenas, a Parati e a Saveiro foram superadas pela Palio Weekend e Strada, respectivamente.
No primeiro semestre de 2008, a Volkswagen lançou a quinta geração do carro mais vendido do Brasil. Totalmente reformulado, o Gol se despediu do antigo bloco AP de 1,6 litro (instalado longitudinalmente e que ocupava espaço na cabine) e tomou emprestada a plataforma PQ24 e o propulsor VHT de 1.6 do Polo, enquanto o motor de 1,0 litro veio do Fox e a suspensão dianteira e a barra de direção vieram do Seat Ibiza. Esteticamente, pouco (ou quase nada) lembra os modelos “quadrados” e “bolinha” das gerações anteriores.
O upgrade no Gol realmente ajudou a mantê-lo no topo, pois para se ter uma ideia, o compacto vendeu 25.355 unidades em agosto, acumulando 195.350 carros em 2009, enquanto o Palio comercializou 17.182 no último mês, totalizando 132.673 no ano, de acordo com dados da Fenabrave.
Fonte: I Carros
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