Dirigentes das Associações da Policia Militar, estão revoltados com as medidas tomadas pelo governo do estado. Os dirigentes das Associações, tomaram conhecimento, no final da tarde desta segunda feira (18), que irão responder a mais um inquérito policial, por estarem participando de manifestações que reivindicam melhorias salariais.
AInda nesta segunda feira, cerca de 100 policiais militares, acompanhados de suas esposas, estiveram participando de uma manifestação, em frente a sede da Ordem dos Advogados do Brasil, onde estava sendo realizada a sessão de julgamentos da Comissão Nacional de Anistia e, ao final da sessão, os militares estiveram frente-a-frente com o governador Marcelo Deda, porem ao passar próximo aos militares, o governador se manteve indiferente.
Em entrevista ao programa Liberdade sem Censura, na manha desta terça-feira (19), o policial militar, sargento Vieira, disse que, “de manha sentamos com o governo e a tarde nos cravam o facão”, disse. Para Vieira, o governo está perseguindo a todos os PMs que participam de manifestações. Ele afirma que estão sendo obrigados a retirar dos veículos, os adesivos que trazem frases de apoio às manifestações.
Vieira questiona também, os policiais que, segundo ele, estão desviados das funções. Ele diz que há muitos militares que podiam estar nas ruas combatendo o crime mas que estão dentro das delegacias e atendendo repartições públicas.
Sargento Vieira reclamou por várias vezes, as perseguições que estão sofrendo. “É preciso que haja valorização do policial e pare com as perseguições”.
Ainda durante a entrevista concedida por Vieira, outro líder das associações militares, capitão Samuel Barreto, disse que é preciso que se resolva de imediato a situação do comando da policia militar. Para Samuel, os militares não sabem a quem procurar no comando. Em sua opinião, é preciso que se faça de vez a troca do comando. Ele disse também, que não há restrição ao nome anunciado para comandar a PM.
“A gente não tem com quem conversar, não sabe quem é o comandante e dessa forma, qualquer animal que se sente acuado, tende a se revoltar”, disse.
Da mesma maneira que Vieira, Samuel também confirma que não há mesa de negociação. Em sua opinião, se não há reunião entre classe e mesa de negociação, “então que o governo assine um decreto extinguindo a mesa, já que não há negociação”, desabafou.
Samuel voltou a frisar e confirmou as afirmações de Vieira, de que há muitos policiais militares desviados da função. Segundo ele, nesta segunda feira, mais de 100 policias foram transferidos para fazer segurança em repartições.
Munir Darrage / FAX AJU