Ex-deputado diz que Valadares se negou a assinar documento a favor de Déda contra as greves
O ex-deputado federal João Fontes (PPS) disse há pouco, em entrevista na rádio Ilha FM, que o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) lhe revelou que se negou a assinar documento a favor do governador Marcelo Déda (PT) e contra as greves dos servidores.
Fonte: Blog do Gilmar
http://gilmarcarvalho.blogspot.com/2009/05/ex-deputado-diz-que-valadares-se-negou.html
João Fontes diz que atitudes de Déda são "truculentas e repressoras"
O ex-deputado federal João Fontes (PPS) ficou preocupado com as declarações do governador Marcelo Déda, publicadas em uma entrevista concedida neste final de semana a um jornal diário de Sergipe, relatando conversas suas com o comandante Militar do Nordeste e o comandante da 6ª Região Militar do Exército sobre a crise da Polícia Militar. Na entrevista, Déda confessou que o tema do encontro foi mesmo a crise na PM, mas alegou que não poderia revelar detalhes sobre o que realmente conversaram.
“É uma revelação muito grave e precisa ser denunciada nacionalmente. A manifestação dos policiais militares não é de insubordinação ao comando, mas por melhorias salariais. É uma reivindicação justa e pacífica, e em nenhum momento compromete a ordem e a segurança do estado. O que é lamentável é vermos de um governador de esquerda a utilização de estratégias dos governos conservadores, que recorrem às forças armadas para tentar manter a ordem. Sergipe nunca viu isso em toda a sua história”, critica Fontes.
O ex-parlamentar estará em Brasília na quarta-feira (6) onde terá uma reunião com a bancada federal do PPS e com o presidente nacional do partido, Roberto Freire. “Iremos juntos pedir uma audiência ao presidente nacional da OAB (Cezar Britto) para levar nossa preocupação com as últimas posições do governador. Também levaremos as declarações de Marcelo Déda à tribuna da Câmara Federal”, avisa.
“Lamento tudo isso por dois motivos. Primeiro porque se contrapõe à história política de Marcelo Déda, pautada na luta em defesa dos movimentos sociais e da própria PM, quando nos aquartelamentos realizados no governo Albano Franco; e segundo porque Sergipe e nem o Brasil desejam mais a volta e nem o sofrimento gerado pela ditadura militar”, completou João Fontes.
AFASTAMENTO
Na entrevista, Déda é questionado sobre as razões pelo afastamento de João Fontes do seu segmento político. Como resposta, o governador sugere aos jornalistas que façam a mesma pergunta ao ex-deputado. Para o próprio João Fontes, esta não é uma pergunta difícil de responder.
“A questão principal envolve os últimos acontecimentos em Sergipe que, na minha opinião, têm sido estarrecedores e vão ficar para a história como o modelo que o governador encontrou para resolver os problemas sociais, principalmente com relação à Polícia Militar e os professores. Déda, com as últimas atitudes truculentas e repressoras, tem gerado uma intranquilidade na sociedade em virtude desse confronto existente hoje entre governo, policiais militares e magistério”, detalha.
Segundo Fontes, a forma arcaica e autoritária de Déda governar é que tem levado a manifestação das nossas opiniões e do próprio PPS em Sergipe, “que não comunga com essas ações por parte de um administrador público, contrariando até mesmo o que Déda pregou no passado”.
“É natural e lógico que o PPS se mantenha no campo do respeito às demandas e lutas sociais, e não coadune com um governo que impõe decretos ou recorre ao Judiciário para amedrontar a luta legítima dos servidores públicos por melhores condições salariais. Infelizmente, o que a gente vê hoje em Sergipe é um divórcio entre aquilo que o PPS pensa e o que o governador tem colocado em prática. Só estou sendo fiel às minhas convicções e às convicções do PPS”, acrescenta.
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