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A evolução dos transplantes capilares

29/4/2009

Caderno Sua Saúde

Os cabelos recebem atenção constante das pessoas, que buscam shampoos especiais, cortes diferenciados, penteados, acessórios e tratamentos. Mas, uma grande preocupação surge quando os fios começam a cair em demasia e a pessoa enfrenta o risco da calvície - um problema que afeta, principalmente, os homens.

Um das respostas ao problema da calvície completa 50 anos em 2009: o transplante capilar. Em 1959, foi publicado o primeiro trabalho sobre transplante de cabelo no Ocidente, pelas mãos de um dermatologista de Nova Iorque.

Naquela época, a técnica consistia em retirar, da área doadora, pequenas rodelas de 5 mm de diâmetro do couro cabeludo, contendo 7 a 12 unidades foliculares cada, que eram transplantadas para a região calva. Mesmo sendo um grande avanço científico, pois o cabelo transplantado crescia normalmente, o aspecto ainda era grosseiro e artificial. Cada um dos enxertos de cabelo implantados continha 3 ou 4 unidades foliculares (6 a 12 fios). Mas, como o aspecto final era sofrível, os transplantados viam-se diante de apelidos pouco elogiosos: passaram a exibir "cabelos de boneca". Essa era a técnica clássica denominada de standart grafts.

Com o avanço da medicina e da tecnologia, muita coisa evoluiu desde então, com pesquisadores dedicados a desenvolver e aprimorar técnicas que deixassem os resultados mais naturais, melhorassem a densidade e o volume dos cabelos implantados, garantissem a harmonia facial e um melhor padrão estético.

"Comecei a me dedicar ao estudo do transplante capilar por volta de 1993 e participei de grupos no Brasil e no exterior. O uso crescente de unidades foliculares (UFs) e a microscopia 3D contribuíram fortemente para o avanço das técnicas, até chegarmos ao transplante folicular coronal, considerado o procedimento mais moderno, atualmente", destaca Dr. Arthur Tykocinski, especialista em transplante folicular, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, International Society Of Hair Restoration Surgery ISHRS, presidente do 16º Congresso Mundial de Restauração Capilar de Montreal, dentre outras entidades internacionais.


Transplante Folicular Coronal

No Transplante Folicular Coronal, utiliza-se 100% de unidades foliculares individuais no procedimento cirúrgico - cada unidade pode ter de 1 a 4 fios. Essa técnica respeita as características naturais do cabelo: ângulo, direção dos fios (orelha a orelha horizontalmente), mantém as variações normais de densidade e volume das diferentes regiões da cabeça, permite colocar as UF em ângulos mais agudos, ou seja, deixa o cabelo mais "deitado" como cabelo natural.

"Hoje em dia, por exemplo, sabemos que na região frontal as unidades foliculares apresentam, em média, apenas 1 fio. Assim, o trabalho cuidadoso do transplante, realizado por uma equipe que reúne mais de 10 pessoas, evita que sejam implantadas unidades com 4 fios na parte frontal, o que deixaria o resultado artificial", explica Dr. Arthur.

Os orifícios abertos na área a ser transplantada são incrivelmente pequenos, de 0,55 a 0,7 mm de largura. Com eles, é possível aumentar a densidade dos fios, criando um aspecto ao mesmo tempo compacto e volumoso. A cicatrização é mais rápida e as marcas do transplante ficam imperceptíveis. O período pós-transplante, que, antes causava certo constrangimento, ficou reduzido a poucos dias.

"Na maior parte dos casos, é possível resolver o problema com apenas uma sessão por região calva. Apenas calvícies mais extensas podem necessitar de sessões adicionais. Como a implantação é feita em orifícios muito menores e mais superficiais, é consegue-se atingir maior densidade de UF por cm2, sem comprometer a circulação sangüínea", completa o especialista.

Fonte: Portal LIG SE

 

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