Por conta do corte nos salários e de nçao terem recebido os contracheques, os médicos prometem entrar na Justiça contra gestores e confirmam nova greve
Com a confirmação do corte dos dias em que ficaram com as atividades paralisadas por conta da greve (43), os médicos da rede municipal de saúde, estão revoltados com a Prefeitura de Aracaju por conta da não entrega dos contracheques. A categoria se reúne em assembléia na próxima segunda-feira, 4, para votar o indicativo de uma nova greve por tempo indeterminado e discutir junto a assessoria jurídica, a abertura de uma ação judicial contra a Prefeitura de Aracaju e alguns secretários.
O vice-presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), João Augusto de Oliveira, informou na manhã desta quinta-feira, 30, que os secretários Bosco Rollemberg e Jéferson Passos se reuniram na última terça-feira, 28 com representantes do sindicato e prometeram que não haveria corte de salários. “Isso caso a categoria enviasse documento dando conta de que estaria atendendo um paciente a mais para suprir a demanda. Só que no meu salário, veio um corte de R$ 3.700 e ainda por cima não liberaram os contracheques, para que não pudéssemos comprovar. Só que temos os extratos bancários”, ressalta João Augusto.
Ele disse ainda que o corte foi feito nos salários de quem não participou do movimento grevista. “Até mesmo que estava de licença e de férias, teve o ponto cortado, o que não se justifica. Com isso, estaremos nos reunindo em assembléia na próxima segunda-feira a partir das 7h30 na sede do Sindimed para confirmar a greve por tempo indeterminado, além de estarmos em contato com a assessoria jurídica para que possamos abrir uma ação judicial contra a instituição e contra as pessoas físicas, ou seja, prefeito e secretários. Infelizmente, com a greve, a população será mais uma vez penalizada pelas ingerências administrativas”, enfatiza.
Problemas no CPD
Na assessoria de Comunicação da Prefeitura de Aracaju, a informação é de que houve um problema técnico na Central de Processamento de Dados (CPD) e com isso não está disponibilizando os documentos para nenhum servidor, mas que já está sendo solucionado. E ainda que de acordo com a Secretaria de Recursos Humanos, qualquer servidor pode ter acesso aos contracheques via Internet ou ainda no Balcão de Atendimento ao Consumidor, o que não procede a retenção dos documentos dos médicos, assim como também não procede o corte no ponto dos profissionais que estavam de licença ou em férias.
Por Aldaci de Souza
Fonte: InfoNet