Categoria se reuniu em assembléia na OAB e vai aguardar a abertura de um diálogo entre o prefeito e o presidente da Ordem, Henri Clay Andrade
Procuradores do município de Aracaju realizaram na tarde desta terça-feira, 14, uma assembléia geral extraordinária no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE). A categoria continua inconformada com o fechamento do canal de negociações por parte da Prefeitura de Aracaju e decidiu aguardar que o prefeito Edvaldo Nogueira receba o presidente da Ordem, Henri Clay Andrade para um diálogo, marcando nova assembléia no próximo dia 27, quando pode ser deflagrada ou não, uma greve.
Segundo a presidente da Associação dos Procuradores do Município, Conceição Vasconcelos, na reunião realizada na sede da Secretaria de Administração há vários dias, a informação dos representantes do prefeito Edvaldo Nogueira, foi de que além do reajuste de 1%, haveria uma ajuda de custo no valor de R$ 1.200. “Só depois, veio a notícia de que esse auxílio-transporte seria de apenas R$ 408 e para a nossa surpresa, oficialmente a categoria não recebeu nada até agora”, lamenta.
Ela ressaltou que o auxílio-transporte seria apenas para os 60 procuradores da ativa e não para os 15 inativos. “A prefeitura está usando dois pesos e duas medidas. Estamos lutando por um piso de R$ 9 mil juntando todos os penduricalhos, pois os procuradores de Aracaju ganham R$ 473 mais R$ 3 mil de produtividade. Queremos a incorporação dessa produtividade, assim como aconteceu com outras categorias, a exemplo do pessoal do Fisco. O pessoal está impaciente, principalmente porque o canal de negociações foi fechado”, enfatiza Conceição Vasconcelos.
Estudo comparativo
De acordo com o procurador Antonio Rolemberg, foi elaborado um estudo comparativo com 14 municípios. “Esse estudo já foi apresentado à comissão de negociação, mas até agora não nos foi dada qualquer resposta. Encontramos cidades com orçamento anual de R$ 600 mil reais que pagam duas vezes mais do que Aracaju, que tem um orçamento de R$ 1 bilhão. Em Natal, cuja população e o orçamento são menores, um procurador ganha R$ 14 mil e em Manaus, em torno de R$ 12 mil”, explica Rolemberg.
Apoio da OAB
Para o presidente da OAB Sergipe, Henri Clay Andrade, a situação dos procuradores do município de Aracaju é dramática. “A luta dos procuradores que são advogados é uma luta nossa, da OAB pela valorização da categoria que exerce um trabalho de alta relevância no município. A situação não somente dos procuradores, mas de todos os servidores do município com o reajuste de 1% é dramática. Se gerou um clima muito forte de tensão”, entende.
Sem diálogo
Henri Clay Andrade disse ainda ser necessário e fundamental que o prefeito Edvaldo Nogueira e seus assessores reflitam humildemente e reabram um diálogo firme e sincero. “Estou tentando há mais de 20 dias, esse diálogo com o prefeito, mas ainda não conseguimos. Provavelmente ele está muito ocupado, mas vamos insistir em sermos o mediador dos procuradores municipais", garante o presidente da OAB.
Por Aldaci de Souza
Fonte: Portal Infonet