Estarrecedora e inaceitável a “explicação” dada pelo governador Marcelo Déda à deputada estadual Suzana Azevedo (PSC) para não apoiar a indicação da parlamentar para ocupar a provável vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado com a aposentadoria do conselheiro Flávio Conceição. O governador - pasmem os leitores – disse que não podia apoiar a candidatura de Suzana Azevedo porque o suplente dela é Nicodemus Falcão (DEM), aliado do ex-governador João Alves Filho.
Misturando “alhos com bugalhos”, Marcelo Déda resolveu “jogar para escanteio” a deputada estadual se apegando a uma questão meramente politiqueira, além de explícito temor de ver a bancada de oposição na Assembléia Legislativa ser reforçada com a presença de Nicodemos Falcão. Com se não bastasse, o governador também “trabalhou” para que os deputados do partido de Suzana Azevedo – o PSC – retirassem o apoio à indicação dela para o TCE.
Mas, tudo indica que esse tiro do governador saiu pela culatra. Dizendo-se “fritada em óleo quente”, Suzana Azevedo confidenciou que continua no PSC apenas para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, já que se dependesse apenas de sua vontade, ela já teria deixado o partido. Desnecessário se torna assinalar que Suzana Azevedo passou a ser, desde ontem, integrante da bancada de oposição, mesmo que oficiosamente.
O que certamente irá provocar muita dor de cabeça em Marcelo Déda na medida em que a deputada estadual carrega no seu embornal inúmeras informações “de coxia” sobre o governo do estado que somente um parlamentar governista tem acesso. Resumo da ópera bufa: o governador Marcelo Déda se meteu numa enrascada e já deve estar lamentando por ter agindo dessa forma com Suzana Azevedo.
Aumento de 1%, não!
Radical, mas com justificada razão, a decisão dos servidores da prefeitura de Aracaju em oficializar, através do Sepuma, a recusa ao reajuste salarial de 1% concedido pela prefeitura de Aracaju. Trabalhador não querer aumento de salário é um fato inédito, mas convenhamos que 1%, é para deixar qualquer um revoltado. Não há quem discorde do presidente do Sepuma, Nivaldo Fernando, quando afirma que “a consciência cidadã nos impõe que 1%, o equivalente a R$ 4, 65 a mais nos salários, agride a honra e a dignidade dos servidores”.
Herança maldita
E-mail enviado pelo Melo Souza: “Eu estava numa roda de amigos quando um deles saiu-se com este raciocínio que achei por bem compartilhar aqui. Segundo ele, se o governador Marcelo Déda for realmente cassado, o ex João Alves Filho deveria abrir mão de assumir o cargo em lugar do petista. Perguntei por quê e ele explicou que, do jeito que o estado está com a situação de caos e paralisação dos serviços, assumir o barco agora é na verdade um presente de grego. Pensei: quem diria! Quem tanto discursou e ainda discursa pondo a culpa de tudo o que não presta no governo anterior é quem está montando uma verdadeira herança maldita para aquele que o poderá sucedê-lo”. Não deixa de ter sentido a opinião do leitor.
Vítimas esquecidas
Mais uma do presidente Lula “Marolinha” da Silva: ofereceu ajuda ao governo italiano para socorrer as vítimas dos terremotos ocorridos no “país da bota”. Pelo visto, o petista continua esquecido de ajudar milhões de brasileiros e brasileiros vitimados pelos terremotos do desemprego, da insegurança, da fome, da falta de hospitais, das rodovias esburacadas e os outros abalos que acometem diariamente a população do país que Lula da Silva diz governar.
Soltando o verbo
“Vou comandar o PMDB durante o processo eleitoral de 2010”.
Deputado federal Jackson Barreto (PMDB)
Para reflexão:
“É do não que se descobre de verdade o que lhe resta além das coisas casuais”. (Marcelo Camelo)