O prefeito de Poço Redondo, frei Enoque Salvador (PSB) disse neste domingo (05) que o desespero continua no sertão. Apesar de ter chovido na quarta-feira (01) – só em Poço caiu 56 ml, além de ventos fortes que derrubaram casas em Porto da Folha – o quadro não mudou.
Frei Enoque explica que o gado fraco fica pior com a chuva, porque não tem condições de se sustentar em terra mole: “infelizmente a maioria desaba”, disse. Com as chuvas caídas em apenas um dia, não fizeram despontar nenhuma ração que dê para amenizar o problema de alimentação do gado.
Enoque Salvador lembra que as medidas emergenciais anunciadas pelo governador Marcelo Déda já têm dez dias “e vai entrar a semana santa e até agora não tem dinheiro nem para convênio e muito menos para a compra de alimentos”.
O prefeito de Poço Redondo acrescenta a tramitação do banco, que envolve parecer do Endagro e outras burocracias, o que termina prejudicando o que deveria ser feito com emergência: “o Banese exige muito”, disse Enoque, “enquanto o tempo passa e o desespero aumenta”.
Hoje é dia de feira em Poço Redondo. Tem o que vender, mas a população não tem dinheiro para comprar. Um caminhão pipa de água para os animais custa R$ 80,00 e o Exército só distribui 20 litros de água para beber por dia: “às vezes passa dois, três dias para abastecer”, disse ele.
FAX AJU
