Visando promover ações que reduzam os constantes assaltos, arrombamentos e violência no centro comercial de Aracaju – mais conhecido como ‘cracolância’ -, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe – ACESE – Sadí Gitz, convidará os comandantes da Polícia Militar e Polícia Civil, o Ministério Público Estadual, o Juizado da Infância e da Juventude, o Conselho Tutelar, Guarda Municipal e SMTT para participar de uma reunião.
A iniciativa surgiu a partir de uma reunião de diretoria da ACESE nesta terça-feira, 24, quando um grupo de comerciantes, o capitão Wildes Pereira Cruz, representante da 1ª Companhia do 8º Batalhão, a qual é responsável pela segurança no centro da cidade e o Aspirante Lima conversaram sobre as dificuldades de segurança no local. Mesmo com o compromisso do Capitão Cruz em tomar algumas medidas que possam reduzir o impacto da violência no centro, e tentar junto ao Comando da PM outras ações, Sadí Gitz acredita que é melhor ampliar esta discussão para que juntos, os diversos órgãos possam tomar medidas que efetivamente diminuam a violência que vem vitimando os empresários nos últimos meses.
A expectativa é que a reunião traga indicativos de soluções para a falta de policiamento no centro de Aracaju, bem como para as constantes ações de crianças e adolescentes que usam drogas e realizam furtos e roubos no centro sem que a Polícia ou outros órgãos tomem providências. “É lamentável ouvir estes relatos dos empresários e saber que temos crianças nas ruas, à mercê do caos social e sujeitos à dependência química, provocando pavor entre os empresários e não temos como resolver. Se a solução pode ser viabilizada pelo Ministério Público ou Juizado vamos buscar estas alternativas através desta reunião, mas não podemos cruzar os braços diante do que ouvimos aqui dos nossos associados”, constata Sadi Gitz.
Para o presidente da ACESE, é inadmissível que a cada turno, apenas 20 homens façam a segurança do centro, e que a partir das 23 horas só duas viaturas façam ronda no centro. “Isso significa que a partir das 23 horas, se houver uma ocorrência e as viaturas forem chamadas, o centro fica sem policiamento. Vamos fazer esta reunião e se os estes órgãos não se comprometerem a tomar medidas para reduzir estes índices, a Associação vai falar diretamente com o governador, mas temos de intervir na busca de uma solução”, ressalta.
Entre as reivindicações para reforço da segurança no centro, os comerciantes pediram a reabertura do posto da Polícia que funcionava na Rodoviária Velha, viaturas em pontos estratégicos durante todo o dia, aumento da frota e do contingente de homens no centro, bem como uma determinação judicial para que os bares do centro só funcionem até às 22 horas. “Muitas ações vândalas e de violência contra os empresários só acontecem porque as pessoas acabam tendo acesso a drogas e a bebidas durante toda a madrugada. Se esses bares fecharem às 10 horas, vai haver uma redução significativa. Esperamos de fato que esta reunião nos traga algum benefício”, afirmou a empresária Ivone Santos Vieira.
Por Gilmara Almeida
Assessora ACESE
MTB/SE 764