O GLOBO
ARACAJU - Enquanto os alunos da rede estadual de ensino continuam sem aula, os professores que mantém a greve considerada irregular pelo Tribunal de Justiça, acordaram cedo nesta segunda-feira para fazer uma lavagem simbólica da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe. Munida com vassoura, sabão e água, a categoria lavou a entrada da secretaria e pediu uma reforma na administração.
- É necessário muita limpeza na secretaria. Muita poeira está acumulada embaixo do tapete. Temos que lutar por nossos direitos - explica a professora Ana Júlia Silva, que ensina em Itabaiana.
Centenas de professores de todo o Estado participaram do protesto.
- O nosso objetivo é lutar contra as diversas irregularidades encontradas na folha de pagamento e no uso dos recursos da secretaria. As verbas que deveriam ser destinadas a educação estão servindo para privilegiar algumas pessoas - afirma Roberto Silva, diretor de comunicação do sindicato da categoria.
Além disso, os professores solicitam ainda auxílio educacional para nível superior; pagamento do adicional de penosidade; isonomia com novos educadores, aposentados e terceirizados e reintegração de todos os demitidos e readimitidos.
A greve prossegue por tempo indeterminado. Nesta tarde, os grevistas farão assembléia para decidir os rumos da paralisação no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, na rua Itabaiana, no centro de Aracaju. O sindicato foi convocado a participar de uma audiência na próxima quinta-feira, dia 26 de março, no Tribunal de Justiça juntamente com membros do Governo.
EmSergipe apud O GLOBO