O líder da bancada de governo na Assembléia Legislativa, deputado Francisco Gualberto (PT), revelou que não assinará a proposta de emenda constitucional do deputado Augusto Bezerra (DEM) supostamente dificultando uma possível venda do Banese. Gualberto garante que não é contra uma emenda que proteja o Banese, mas no caso em pauta, ele apresenta suas ressalvas. “Ocorre que quando se apresenta uma emenda desta, estão é fazendo publicidade da venda que não existe. É admitindo para a sociedade a possibilidade, criando dúvidas para o povo”, disse.
O deputado petista confirma que Marcelo Déda já se manifestou em várias ocasiões sobre o assunto, dizendo que a venda do Banese está fora de pauta neste governo.
“Enquanto ele for governador, o banco do Estado continuará sob o poder dos seus acionistas minoritários e majoritários, que é o povo e o próprio Estado”, assegura, revelando que não assinou a emenda porque acha desnecessária. “Não assinei e não tenho dúvida nenhuma de que enquanto Déda for governador, o banco do Estado não será vendido. E o povo também não tem dúvida disso, porque sabe quem são os privatistas neste Estado”.
Mesmo o oposicionista Bezerra declarando que já conseguiu assinaturas suficientes para o trâmite do seu projeto, Gualberto explica que o processo de votação é uma outra etapa. “Ninguém impede que a matéria tramite, mas isso é diferente da posição do voto”, esclarece. “Não somos meninos, nem barrigas-verde. Hoje, com emenda ou sem emenda, nós temos certeza que o Banese ficará sob o poder do Estado. Mas se após Marcelo Déda, voltar ao poder quem nós já conhecemos, aí não confiamos não”, disse o líder, reforçando que o Banese continuará funcionando como instrumento de fomento para o Estado.
Francisco Gualberto lembrou ainda que já lutou contra as privatizações em governos passados e chegou a ser demitido da antiga Nitrofértil, hoje Fafen, por causa do envolvimento sindical. “É correto fazer política, todos têm liberdade para isso, mas o que está por trás da emenda de Augusto Bezerra é o discurso do futuro. Eles sabem que no nosso governo o Banese não será vendido, mas querem depois dizer por aí que não foi vendido porque eles apresentaram uma emenda”, frisou. “É justo fazer essa política? É. Mas embarca nela quem desejar”.
FONTE: FAX AJU