Os professores mantêm a greve e alunos da rede pública estadual ficarão sem aula a partir de segunda-feira. Além de panfletagens, mais de oito mil professores do Estado sairão às ruas de Aracaju na próxima semana em marcha para reforçar a luta a favor da defesa do piso salarial da categoria. As medidas foram aprovadas pelo magistério público na manhã de ontem, durante assembleia conduzida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese).
“A negociação foi positiva e sem dúvida essa foi uma conquista histórica para o magistério”, afirmou o diretor de Comunicação do sindicato, Roberto Silva dos Santos, entusiasmado com o resultado da reunião, realizada na última quinta-feira, entre o Sintese e o governador Marcelo Déda.
Porém, a promessa de criação de uma comissão coordenada pessoalmente pelo governador e formada pelas secretarias de Estado da Fazenda, da Administração e da Educação para conduzir as negociações com o sindicato não anulou a decisão de os professores iniciarem uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira. “Queremos uma definição concreta de que a implantação do piso salarial será feita obedecendo aos parâmetros da lei”, ressaltou Roberto Silva.
Também permanece no calendário de protestos do sindicato a realização de panfletagens nas principais ruas da capital e interior do Estado na próxima segunda-feira, a partir das 7 horas. O diretor de Comunicação do Sintese informou ainda que no dia 10, a partir das 14h, haverá uma marcha saindo da praça da Bandeira com destino ao Palácio de Despachos. Mais de oito mil educadores da rede estadual e das 73 redes municipais filiadas ao Sintese estarão reforçando a luta em defesa do piso.
Na quarta-feira, os professores realizam vigília em frente ao prédio da Secretaria de Estado Administração (Sead), data e local onde a comissão coordenada pelo governador Marcelo Déda deverá apresentar estudos sobre como deve ser feita a implantação do piso salarial. “A categoria vai avaliar a proposta feita pela comissão e se o piso começar a ser implantado a partir de março, ainda que progressivamente, é bem provável que a greve seja suspensa”, explicou Roberto Silva.
Piso
O representante do Sintese destacou que o piso salarial ainda não foi pago da maneira prevista na lei 11.738/2008, vigente desde 1º de janeiro deste ano. “Os educadores da rede estadual, com formação em nível médio, devem ter garantido o salário base atualizado com a integralização dos 2/3 do valor da diferença entre o piso de R$ 950 e o salário base, que é hoje de R$ 425”, detalhou.
Fonte: Jornal da Cidade