De ilegal, não tem nada não. O problema que existe no polêmico contrato da Secom do Estado com a revista “Contigo” da Editora Abril, para divulgação do Verão Sergipe 2009, trilha nos rumos da imoralidade, sim senhor. Pelo menos, essa é a impressão que fica após tanto bate-boca na Assembleia Legislativa e programas de rádio, envolvendo os deputados Venâncio Fonseca (PP) e Francisco Gualberto (PT), além da secretária, Eloísa Galdino. Vejamos: em outubro de 2008, quando a negociação foi iniciada, a revista de “fofocas” havia apresentado à Secom duas propostas, sendo a primeira com o valor de, pasmem!, exatos R$ 1.005.460,00. A segunda, mais modesta, veio com a bagatela de R$ 594.720,00. Nada mal. Pois bem. Como a intenção da Secom era fazer a divulgação prévia do evento que aconteceu em Aracaju, Pirambu, Laranjeiras e
Itaporanga, além da cobertura editorial e divulgação posterior, incluindo os agradecimentos, começou então uma intensa negociação com a “Contigo” para redução dos custos. Enquanto isso, os pobres jornais e revistas daqui, minguavam diante de qualquer R$ 5 mil ou R$ 10 mil pelas publicações do governo.Vamos lá. Terminada a negociação, a Secom conseguiu fechar com a segunda proposta, só que reduzindo os custos para meros R$ 265 mil. Aí não deu outra. A “Contigo” adorou, cumpriu a parte dela e ainda mandou equipe de jornalistas para vir acompanhar de perto o evento, divulgando posteriormente ampla matéria sobre as festas interioranas e na capital. E foi isso. Como o escriba disse, de ilegal não tem nada. Mas será que o público da revista “Contigo” – os fofoqueiros mesmo – contempla e justifica a dinheirama que poderia ser melhor distribuída em veículos de perfil mais respeitável? Pois é...
Cadê o balanço?
Desde que o carnaval terminou, o escriba esperou – em vão – que o governo, através da Emsetur ou qualquer outro órgão, divulgasse quantos turistas à cidade e o Estado atraíram com o Projeto Verão. Não vale dizer que os hotéis “estavam cheios”. Cheios podiam até estar, mas quantos vieram atraídos pelo Projeto Verão?
Fonte - Ivan Valença - Jornal da Cidade