As 11 comissões permanentes do Senado elegeram nesta quarta-feira (4) os seus presidentes, colocando fim a um impasse que já durava um mês. Em dez comissões, o presidente foi eleito por acordo que levou em consideração o critério de proporcionalidade das bancadas - os partidos com mais senadores tiveram preferência para escolher as suas comissões.
Só houve disputa na eleição para a Presidência da Comissão de Serviços de Infraestrutura. Pela proporcionalidade, o PT teria direito a indicar o presidente dessa comissão, mas o PMDB, argumentando que havia se comprometido com o PTB a apoiá-lo em uma comissão importante, deu seus votos ao senador Fernando Collor (PTB-AL). Assim, Collor derrotou a candidata do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), por 13 votos a dez. Ideli recebeu os votos do PSDB.
A acomodação do senador Fernando Collor foi causa do atraso nas eleições para as Presidências das comissões. Durante as negociações para a eleição do presidente do Senado, o PMDB concordou em apoiar Collor se o PTB desse os votos dos seus sete senadores ao candidato José Sarney (PMDB-AP), que disputou com o petista Tião Viana (AC). No começo, Collor reivindicava a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, mas o PSDB, terceiro maior partido do Senado, não abriu mão dessa comissão.
As lideranças partidárias negociaram nas últimas semanas para evitar uma disputa. No final desta terça-feira (3), o presidente Sarney convocou as comissões para eleger, com ou sem acordo, os seus presidentes e vices. Assim, o maior partido da Casa (PMDB), indicou o senador Garibaldi Alves Filho (RN) para a Presidência da Comissão de Assuntos Econômicos. O segundo maior partido, o Democratas, indicou o senador Demóstenes Torres (GO) para a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.Estes são os novos presidentes e vices das comissões (duas delas ainda não elegeram os vices):
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)