E adianta que o Partido pode ter candidato próprio
O presidente do PMDB, Michel Temer vai licenciar-se do comando da legenda nos próximos meses. O peemedebista vai passar o cargo para a deputada Íris Araújo, primeira-vice-presidente do partido, mas nada disse se pretende deixar a presidência do partido. "Não tem data ainda, mas vou me licenciar para enfim permitir que outros possam também conduzir o partido. Outros não, a primeira vice", afirmou. Na realidade Temer preservará o comando da legenda, mas não terá de responder por questões burocráticas. O objetivo é que ele retome a legenda sempre que necessário,quando houver impasses envolvendo nomeações ou mesmo críticas ao partido.
Sobre uma possível candidatura própria do PMDB admitiu que “é uma das principais hipóteses do PMDB. Eu vejo muita gente reclamando disso e eu tenho dito aqueles que quiserem se habilitar como candidato prestariam um serviço ao PMDB. O PMDB pode ter candidato próprio, é uma das hipóteses".
Quanto à data lideranças do partido admitem que o deputado Michel Temer se licencie da presidência do PMDB já no dia 8 de março, quando então passaria o cargo para a primeira vice-presidente em uma espécie de homenagem s mulheres pelo Dia Internacional da Mulher Na próxima semana também será instalada na Câmara uma Comissão Especial para estudar e propor alternativas para enfrentar a crise econômico-financeira. Temer diz que pensa em fazer setores determinados, um setor que cuide da indústria, do comércio, outro da agricultura, outro serviço, emprego.
Política nas estatais
Em meio à disputa por direções de estatais, o senador Jarbas Vasconcelos deve, mais uma vez, atingir o PMDB. Em discurso que pretende fazer na próxima semana. apresentará um projeto de lei com o objetivo de impor restrições às indicações políticas para cargos em empresas estatais e públicas e em autarquias. A proposta é a de tornar esses cargos exclusivos de funcionários de carreira, o que, na sua avaliação, ajudará a moralizar o setor público e profissionalizar o Executivo, além de excluir a partidarização da máquina administrativa. Jarbas volta do exterior hoje e está sendo aguardado para a reunião que os deputados Fernando Gabeira e Gustavo Fruet com o objetivo de deflagrar no Congresso um debate em favor de limites nas nomeações e de mais transparência do Executivo.
Segundo Jarbas, sem regras e leis rigorosas destinadas a fortalecer os partidos e moralizar as eleições, nenhuma das outras reformas - como a previdenciária, a tributária e a trabalhista - vai avançar. Com essa argumentação, ele pretende indicar rumos para mudar a atual situação. Indicará, também, fatores que ajudariam o financiamento público das campanhas eleitorais, a proibição de coligações nas eleições proporcionais, a adoção de regras mais severas para impedir a troca de partidos e a aprovação da cláusula de barreira para fortalecer os partidos entre outros.
Carlos Fehlberg