RIO - "A falta de conhecimento sobre os nosso próprios gastos de energia é um grande problema, mas é também uma enorme oportunidade para economizarmos dinheiro e enfrentarmos o aquecimento global reduzindo o uso de eletricidade". Esse foi o argumento utilizado pelo Google para explicar sua entrada no grupo de empresa que apoia o "smart grid" (rede inteligente) com a apresentação do aplicativo PowerMeter .
O PowerMeter mede o consumo de energia de cada equipamento elétrico de uma casa ou indústria, permitindo que esse gasto seja racionalizado. O objetivo é permitir que as pessoas saibam quanto custa deixar uma tevê ligada o dia inteiro. Ou possam escolher de forma consciente a temperatura ideal do ar-condicionado.
O serviço ainda está em fase de testes fechados, mas o Google pretende abri-lo para o público em alguns meses. A empresa, no entanto, ainda não tem parcerias firmadas com fabricantes de eletrodomésticos. O Google admite que precisa do apoio de outras companhias, para que os aparelhos sejam feitos de forma a enviar os dados para o PowerMeter.
- Nós não temos como construir esse produto sozinhos - disse em entrevista ao New York Times Kirsten Olsen Cahill, diretora do Google.org, o braço filantrópico da empresa - Dependemos de todo um ecossistema de utilitários, fabricantes e políticas que permitam que os consumidores tenham acesso detalhado ao seu gasto de energia em casa e possam tomar decisões mais inteligentes.
O blog oficial do Google.org cita estudos que afirmam que o acesso a informação sobre gastos de eletricidade em uma residência pode reduzir a conta entre 5% e 15%. Além disso, para cada seis casas que economizem 10% da energia elétrica, a redução nas emissões de carbono é similar à retirada de um carro das ruas.
O engenheiro Russ Mirov, um dos funcionários do Google que está testando o software, conseguiu reduzir seus gastos com energia em 64% durante o ano passado, economizando US$ 3 mil. As principais mudanças de rotina feitas por Mirov foram a substituição de geladeiras ineficientes e a regulagem dos horários da bomba da piscina.
O Globo