O Globo on line
Maria Lima
BRASÍLIA - A bancada do PMDB no Senado oficializou nesta quarta-feira o apoio à candidatura de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa. Os senadores conduziram a reunião para que o ex-presidente da República e ex-presidente do Senado por duas vezes fosse aclamado como candidato. A decisão foi tomada na residência oficial do atual presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que desistiu de tentar a reeleição em favor do colega de partido.
- Eu fixei que só me tornaria verdadeiramente candidato depois da reunião da bancada que escolheria meu nome. Hoje tivemos essa reunião que, por unanimidade, para grande satisfação e orgulho meu, fui escolhido candidato do partido. Não desejei, não quis, não queria e esperava que não se chegasse a essa situação, mas inevitavelmente não pude finalmente deixar de atender às solicitações que recebi do partido, de muitos senadores e de alguns setores da sociedade para que eu aceitasse essa missão de presidir o Senado no momento em que vamos atravessar um período difícil de uma crise internacional grande que pode também atingir nosso país - afirmou Sarney.
O candidato disse que, se eleito, vai se dedicar exclusivamente à presidência do Senado, prometendo que a Casa vai ajudar o governo a combater os efeitos da crise econômica mundial e a votar medidas importantes, como cortes de gastos no governo e no próprio Congresso.
- Acho que vou prestar um serviço à nação e é nessa situação que estou aceitando ser candidato. não posso pensar no meu estar, abdicando de prestar um serviço ao país - afirmou o senador.
No almoço dos senadores do PMDB, discursaram em favor de Sarney os aliados Garibaldi, Renan Calheiros (AL), Valdir Raupp (RO) e Almeida Lima (SE). Dos 20 membros da bancada, os únicos a não participarem do encontro foram Jarbas Vasconcelos (PE), que já declarou apoio a Tião Viana (PT-AC); Mão Santa (PI), que está no exterior; e Pedro Simon (RS), que telefonou antes para avisar que não poderia ir.