Da Redação: Fonte - Semarh
Menos de 10% do potássio que é utilizado em todo o país é produzido pelo Brasil. Com esse índice, a Empresa Vale retoma na Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) o processo de licenciamento do Projeto Carnalita, que objetiva a extração do Potássio, minério utilizado na produção de fertilizantes. A entrada no Roteiro de Caracterização Ambiental (RCA) aconteceu na última quinta-feira, 29, na sede da Adema.
De acordo com o presidente da Adema, Genival Nunes, com essa ação a Vale estará postando no órgão dois processos em pesquisas geológicas, o de teste de sísmica e de poços de sondagens, ambos com o objetivo de conhecer melhor a extensão das reservas de carnalita (minério portador de potássio) no Estado de Sergipe.
“A região de Capela, Rosário do Catete e outros municípios nas proximidades estão sendo estudados para a exploração do potássio nesta fase, complementando outras regiões que já foram pesquisadas anteriormente. Após a análise do RCA entregue pela vale à Adema, o próximo passo será o da emissão da Licença Prévia de Perfuração(LPPer) e Licença para Testes de Sísmica, explica Genival, enfatizando que o próximo encaminhamento da Vale será o Estudo de Impacto Ambiental(EIA), atualmente em fase de elaboração.
Economia
Segundo ainda Genival, sendo o resultado dos estudos positivo para a Vale, Sergipe será o Estado pioneiro na produção de potássio a partir da carnalita, em todo o Brasil. “A tecnologia usada na extração da Carnalita é gratificante pela garantia da qualidade ambiental. A Adema aprecia o desenvolvimento econômico do Estado desde que ele venha de forma sustentável”, declara o presidente da Adema.
De acordo como o engenheiro da Vale, Mauro Lima, que coordena o licenciamento ambiental do projeto Carnalita em Sergipe, não há nenhum outro Estado com extração desse tipo de minério. Explica que o potássio é um mineral com uma alta demanda no comércio brasileiro de fertilizantes, e que atualmente o país sofre com a baixa produção, sendo que este índice tende a aumentar, caso não haja novos investimentos para aumento da produção interna.
”Cerca de 8% do potássio é produzido pelo Brasil, o restante é importado. Desde muito é de conhecimento do Governo Federal essa fragilidade. A produção de potássio, a partir da Carnalita, reduzirá a dependência externa do país na importação deste insumo, essencial para a produção de fertilizantes.”, salienta , enfatizando que Sergipe é um único estado que possui rochas sedimentares satisfatórias à produção do potássio.
Para a técnica da Adema, Marly Meneses, a grande vantagem da extração da Carnalita é a condição de menor impacto ambiental, quando comparado com outras rotas de extração. Marly explica ainda que a tecnologia utilizada durante a extração da Carnalita aplica conceitos e tecnologias bastante modernas, devidamente alinhadas ao princípios de desenvolvimento sustentável.
FONTE: Informe Sergipe