Endividamento com o exterior somou US$ 200 bilhões em dezembro.
Segundo BC, dívida externa engloba endividamentos público e privado.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
A dívida externa brasileira, que engloba os débitos dos setores público e privado, avançou 3,6% em 2008, para US$ 200,1 bilhões, informou nesta segunda-feira (26) o Banco Central. No fim de 2007, a dívida externa estava em US$ 193,2 bilhões.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, observou que, apesar do aumento registrado na comparação com o fim de 2007, houve uma queda da dívida no último trimestre do ano passado.
Em setembro de 2008, a dívida estava em US$ 211,3 bilhões. Deste modo, recuou cerca de US$ 11 bilhões nos três últimos meses do ano passado. "A redução maior foi na dívida externa de curto prazo, por conta da queda das taxas de rolagem [dos empréstimos no exterior]", informou Lopes a jornalistas.
A explicação é que, sem crédito no mercado externo por conta da crise financeira internacional, que se agravou em meados de setembro, as empresas deixaram de pegar novos empréstimos no exterior para pagar os anteriores. Com isso, tiveram de quitar seus compromissos com recursos próprios, ou com empréstimos obtidos no Brasil.
Dados do Banco Central mostram que os vencimentos da dívida externa, de curto, médio e longo prazos, somam US$ 25,5 bilhões em todo ano de 2009. Deste total, cerca de US$ 20 bilhões são do setor privado.
O próprio BC já havia anunciado anteriormente, porém, que vai financiar, com recursos das reservas internacionais brasileiras, que oscilam em torno de US$ 200 bilhões, as dívidas das empresas brasileiras no exterior em 2009