A roda natural da vida indica que todos que nasçam, cresçam e morram, isso é óbvio. Outra máxima popular é que toda pessoa morta necessita de um lugar para ser enterrada (em alguns lugares, cremada), mas enfim, o corpo que não tem mais vida carece de um lugar estático para que ali permaneça, enquanto se decompõe do que deixou para trás e possa significar lembrança para os que ficaram.
Em Aracaju (envolvendo também a Zona de Expansão), existem cerca de 11 cemitérios, sendo um particular, mas destes, menos da metade estão funcionando, o que provoca um colapso na hora de enterrar, por falta de espaço e estrutura. Se não fosse bastante a escassez para túmulos, problemas ambientais e de higiene também fazem parte desse cenário decadente.
Segundo o presidente da Associação Desportiva, Cultural e Ambiental do Robalo, José Firmo existem dois cemitérios (Manuelito e Maria Rosa), que mesmo sem condições de uso estão funcionando na Zona de Expansão. Ele explicou que essa medida vem do esgotamento que o cemitério São João Batista vem sofrendo há anos. "É de conhecimento de todos que no São João Batista, os ossos são ensacados e guardados na capela antes do tempo. Acontece desapropriação de túmulo indevida. A falta de espaço vem sobrecarregando os dois da Zona de Expansão", denuncia.
Basta uma conversa com a vizinhança do São João Batista para descobrir que histórias entre mortos e vivos estão em evidência constante. A revolta dos moradores contra a suposta falta de cuidado da Prefeitura para com o local vem desagradando as pessoas, que dizem não saber o que fazer para amenizar o odor sentido no ar, principalmente durante o inverno.
Fonte: Correio de Sergipe
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