Venâncio denuncia: categoria ganha menos que salário mínimo e trabalha em 'regime de escravidão'
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), lamentou a situação enfrentada pelos vigilantes que trabalham na Secretaria de Estado da Educação (SEED). De acordo com o parlamentar, as condições de trabalho da categoria são abusivas.
Venâncio leu um e-mail (correio eletrônico) na Tribuna enviado por um vigilante da secretaria, que denuncia a carga horária e os baixos salários. "Deputado, eu não poderia deixar de opinar sobre o assunto, já que nossa categoria é uma das que mais é desvalorizada e desrespeitada pelo atual governo ‘das mudanças'".
O e-mail enviado ao gabinete do líder da oposição afirma ainda que os vigilantes trabalham com carga horária de escravidão. "Trabalhamos de domingo a domingo. Nos finais de semana são doze horas corridas trabalhadas sem direito a auxílio alimentação, adicional de periculosidade ou repouso remunerado, um verdadeiro absurdo". A mensagem revela que no final do mês um vigilante recebe salário de R$ 335. "Peço por meio desta mensagem, o apoio de Vossa Excelência, para que nossa situação mude o mais depressa possível".
O líder da oposição disse que o assunto já havia sido tratado por ele, quando denunciou "o regime de escravidão que a Educação impôs à categoria dos vigilantes". "Vou ao Ministério do Trabalho. Isso é desumano", argumentou Venâncio, que lamentou o salário de R$ 335 pago a esta categoria.
Banese
Venâncio Fonseca destacou ainda, em seu discurso, a demora do Banco do Estado de Sergipe (Banese) em responder a um requerimento de sua autoria. Segundo o parlamentar da oposição, o texto foi aprovado no dia 1o de julho e até hoje tem sido ignorado. "O banco tem 30 dias para responder e até hoje não respondeu", observou.
Segundo o deputado, a Assembleia precisa tomar providências para garantir que os prazos estipulados pela Lei sejam respeitados. "Eles devem estar buscando respostas para dar", ironizou. O requerimento solicitou ao presidente do Banese, Saumíneo Nascimento, informações sobre a linha de crédito, no valor de R$ 20 milhões, para a agricultura familiar. O texto pede dados sobre as famílias beneficiadas pelos recursos.
Por Dilson Ramos, da Agência Alese
Fonte: Universo Político
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