Nova pagina 1

 Sergipe
    


 
Política

 Cidade - Cotidiano

 Segurança Pública

 Esportes Sergipe

 Concursos

 
Baladas - Diversão

 Cultura e Arte

 
Artigos e Entrevistas

 Sergipe pelo Brasil

 
Turismo - Sergipe

 Envie um cartão postal

 Sergipe em imagens

 Conheça Sergipe

 Dados Geo-Econômicos

 Brasil / Mundo

 Política

 País

 Concursos

 Educação

 Placar On Line

 Esportes

 Olimíadas

 Turismo no Brasil

 Mundo

 
Cadernos

 ClickSe - Rapidinhas

 
Vestibular - Enem


 
Transposição


 
Artigos e Entrevistas

 
Tecnologia-Informática

 
Notícias Jurídicas

 Ciência e Saúde

 
Meio Ambiente

 Cultura e Arte

 
Mundo Artístico

 Estilo - Moda

 
Bichos e Cia

 
Veículos

 Interatividade 

 Chat

 Contato

 Blogs e Sites

 Fale Conosco

 Links Úteis

 Mídia de Sergipe

 Newsletter

 Opiniões e Cartas

 Envie Imagens

 Ver Comentários

 Você Repórter

 Widgets

   


 ClickSergipe Informa 

 Cotação do Dolar

 
Loterias

 Lista Telefônica

 Vôos On Line

 Tirar Passaporte

 Fuso Horário

 Resumo de Novelas

 Horóscopo

 Sites + Procurados

 Cálculo Exato

 Preço de Remédios

 Olho no Dinheiro

 Mapa Google Sergipe


 Esportes 

 Esportes em Sergipe

 Esportes Brasil

 Eliminatórias da Copa

 Brasileirão -  Série A

 Brasileirãó - Série B

 Brasileirão - Série C

 Brasileirão -  Série D

 Vôlei

 Fórmula 1

 Liga dos Campeões

 Basquete

 Esportes Aquáticos

 Esportes Radicais

 Olimpíadas


    

 

 


Visite vários pontos turísticos de Sergipe Quando voltar, me conta como foi!!!

 


Aracaju,
 
comente    -    veja comentários


IDADE DAS TREVAS

12/2/2009

O legado do Império Romano foi marcante para a humanidade por suas inúmeras realizações em diversas áreas, especialmente, na política, na arte da guerra e no Direito. Mas, nem mesmo o maior poder, o esplendor mais estonteante duram para sempre nessa vida de incertezas e finitudes.

A queda de Roma não ocorreu com dramática subtaneidade, mas, prolongou-se durante cerca de dois séculos (284-476). Na verdade, a partir do século III, concomitante ao declínio econômico, pode-se dizer que se inicia a Era do Obscurantismo para toda Europa Ocidental.

 Várias foram as causas do complexo fenômeno da decadência do Império global daquela época e, entre elas, se pode apontar: a degradação do intelecto pelas religiões, as invasões bárbaras, a exaustão dos recursos do Estado para manutenção de imensa máquina militar, a depravação moral.

Entre 400 e 800, desenrola-se o primeiro período medieval que abarca a Europa Ocidental e que se caracteriza pela maioria dos atributos designados como medievais ou Idade das Trevas. É um interregno de profunda ignorância e superstição, no qual o homem viveu com olhos vendados. A cultura, em certos aspectos, representou uma volta ao barbarismo. A atividade econômica baixou a níveis primitivos de troca direta, enquanto o ascetismo mórbido substituía as atitudes sociais racionais.

A história seguiu, veio o Renascimento, a Idade Moderna e não há que se negar o gigantesco progresso do mundo contemporâneo. Ciência e tecnologia avançaram de modo rápido e extraordinário. O enorme desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação tornou o planeta globalizado. E na era dos computadores, especialmente através da impressionante Internet, as comunicações humanas superaram tempo e espaço. O mundo hoje é de fato a “aldeia global” com os benefícios materiais que trazem confortos inimagináveis até bem pouco tempo atrás para o ser humano como um todo. O desenvolvimento da indústria a partir da Revolução Industrial, começada na Inglaterra no final do século XVII, princípio do século XIX, ensejou no transcorrer do século XX a sociedade de consumo que englobou as classes mais baixas e lhes possibilitou o acesso a bens antes restritos às classes mais altas. O liberalismo, nascido no século VIII, também na Inglaterra, como ideologia da burguesia ascendente, e que em sua forma original se achava dissociado da idéia democrática, ao defender as liberdades como as de mercado, de expressão, de associação, de pensamento, enfim, a idéia de que o homem tem liberdade de escolher sua vida e seus objetivos, e de que o governo não pode negar essa liberdade, fez aparecerem novas forças sociais, que mesmo sem propriedades passaram a ter voz e vez. O liberalismo, associado ao capitalismo, trouxe a democracia com o voto universal, as eleições livres, a pluralidade partidária. Avançou também o arcabouço jurídico e com ele a noção de Estado de Direito, aperfeiçoada depois para Estado Democrático de Direito.

A par de tantos progressos a natureza humana em essência não evoluiu. O século XX conhecerá o flagelo dos totalitarismos, o comunismo e o nazismo com a indelével mancha do Holocausto, enquanto o fascismo lançava suas garras sobre a Itália.

O Muro de Berlim caiu, o Império Soviético desmoronou, a China continua comunista em termos políticos, mas capitalista na esfera econômica. Entretanto, em todo mundo, o século XX trouxe consigo um processo de degradação moral, de perda de valores, de alteração da família e o aparecimento de órfãos de pais vivos, de orientalismo religioso através do avanço do fundamentalismo Islâmico.

Dois males sociais se agigantaram com força nefasta e destrutiva: o terrorismo e o tráfico de drogas com conseqüente consumo de tóxicos. E enquanto a crise econômica que atingiu a nação mais desenvolvida do planeta se espraia por todo mundo, aumentam as explosões sociais das sociedades que, acostumadas ao bem-estar proporcionado pelos avanços proporcionados pela globalização, não se conformam em perdê-los, ou então querem destruí-los para voltarmos em outro mundo possível à Idade da Pedra Lascada.

Os ideólogos do atraso pregam contra o progresso adquirido, enquanto, perigosamente, Estados vão readquirindo cada vez mais controle econômico em suas sociedades, o que levará a maior domínio político e social. Aumentam a violência, a falência das empresas, as demissões em massa, enquanto governantes perplexos parecem impotentes diante da crise, em que pesem os esforços empreendidos para atenuá-la. E assim, o mundo do progresso material submerge e acentua a vulgaridade, a superficialidade dos relacionamentos, a propaganda enganosa, o desregramento dos costumes, a perda dos valores, a banalização da vida.

Os processos históricos, porém, são dinâmicos, e se o homem não destruir o planeta, poderá vir, em tempo não previsto, um novo Renascimento onde o ser humano evoluirá para construir um mundo, se não perfeito, porque isso é impossível, pelo menos melhor, mais aperfeiçoado, menos pleno de ignorância.

Por enquanto, aqui no Brasil, já regredimos à prática do canibalismo, que certamente será descrito com volta à antiga pureza, como politicamente correto ou ecológico. Na verdade, por nossa livre e espontânea vontade estamos todos sendo canibalizados pelo governo. Como bárbaros que estamos nos estando tornando, agradecemos ao pai Estado e submergimos alegremente nas trevas cantando uma marchinha carnavalesca.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

Coloque esta notícia no seu Twitter:

Comentários
 
comentar  -  imprimir  -  enviar  -  receber  - seguir no twitter - voltar

 

 

000929

Nova pagina 1

 
    


Jovem Pan