Caderno sua Saúde
É possível agir na evolução natural da estria e estimular a formação de um novo colágeno, deixando - a com uma aparência bem mais sutil e às vezes imperceptível. No entanto, um bom resultado depende da escolha ideal do tratamento para as estrias recentes ou antigas.
As estrias afetam quase todas as pessoas, sendo mais comum na fase de crescimento (adolescência) e no transcorrer da gestação. Nas mulheres, são comuns nas mamas, coxas e quadris, principalmente na puberdade. Hoje, há uma grande diversidade de tratamentos, como géis, peelings químicos e equipamentos. Porém, segundo Fabiana Pietro, dermatologista especializada em medicina estética, antes de escolher o procedimento, as estrias devem ser corretamente identificadas para se obter o melhor resultado, sem precisar gastar muito.
As recentes são vermelhas e as mais antigas são brancas. "Para as vermelhas, o indicado é: associação de Luz Pulsada, que tratará dos pequenos vasos ainda existentes neste tipo de estria, além de proporcionar regeneração celular e nivelamento da estria com a pele adjacente; injeção local de agentes indutores do colágeno, como vitamina C, trissilinol, condroitin sulfato e glucosaminoglicanos (também melhoram muito a retenção de água no local); e aplicação tópica de ácido retinóico para estimular a produção de colágeno. As estrias mais recentes respondem melhor ao tratamento, sendo possível conseguir um resultado bastante satisfatório", explica a médica.
No processo de formação das estrias, há um rompimento das fibras de sustentação da pele (das fibras colágenas e elásticas), responsáveis pela elasticidade. Por isso, elas são um pesadelo na vida das mulheres e, em quase todos os casos, baixam a autoestima e trazem problemas de relacionamento, além da vergonha de usar biquínis em locais públicos. De cada dez mulheres, oito não escapam dessas temidas marcas que, quando surgem, são difíceis de serem eliminadas. Algumas disfunções físicas também podem contribuir para o aparecimento das estrias como, por exemplo, uma atividade física (musculação) exagerada. Neste caso, ocorre uma distensão da pele que ultrapassa os limites da capacidade de retração, isto é, a elasticidade.
Já as estrias brancas são consideradas antigas porque durante o processo de formação os vasos sanguíneos são absorvidos e o colágeno sadio é substituído por um tecido que dá a coloração branco-acinzentado. Nesta situação, a técnica recomendada é a pigmentação, que é a injeção local de substâncias que contém ácido tânico ou derivados do cobre, que induzem de forma natural a produção de melanina, proteína presente em nossa pele responsável pela coloração amarronzada após o bronzeado. Com a produção de pigmento apenas dentro da estria, esta tende a ficar com a cor parecida com a da pele adjacente, mascarando muito seu aspecto esbranquiçado. Esta técnica é bastante eficiente porque não apresenta efeitos colaterais, e pode ser indicá-la quando o paciente deseja "esconder" esteticamente as estrias. No entanto, este procedimento tem a duração de aproximadamente seis meses. Após este período, é necessário fazer uma ou duas aplicações para manutenção. "Ainda nas estrias brancas, visando diminuir sua espessura e atenuar sua profundidade, é possível associar tratamentos como nas estrias vermelhas, utilizando a Luz Pulsada e a aplicação tópica do ácido retinóico e seus derivados", completa a Dra. Fabiana
Prevenção
Quanto mais cedo a pessoa prevenir as estrias, melhor será a pele durante a vida. O cuidado com a alimentação e com o corpo é fundamental. O ideal são os exercícios aeróbicos moderados (correr, nadar e andar de bicicleta), pois estes queimam as calorias. A ingestão de água (dois litros por dia) e uma alimentação balanceada também são boas formas de prevenção, além do uso adequado de cremes com o poder de nutrir e hidratar a pele e estimular a produção de colágeno.