Nova pagina 1

 Sergipe
    


 
Política

 Cidade - Cotidiano

 Segurança Pública

 Esportes Sergipe

 Concursos

 
Baladas - Diversão

 Cultura e Arte

 
Artigos e Entrevistas

 Sergipe pelo Brasil

 
Turismo - Sergipe

 Envie um cartão postal

 Sergipe em imagens

 Conheça Sergipe

 Dados Geo-Econômicos

 Brasil / Mundo

 Política

 País

 Concursos

 Educação

 Placar On Line

 Esportes

 Olimíadas

 Turismo no Brasil

 Mundo

 
Cadernos

 ClickSe - Rapidinhas

 
Vestibular - Enem


 
Transposição


 
Artigos e Entrevistas

 
Tecnologia-Informática

 
Notícias Jurídicas

 Ciência e Saúde

 
Meio Ambiente

 Cultura e Arte

 
Mundo Artístico

 Estilo - Moda

 
Bichos e Cia

 
Veículos

 Interatividade 

 Chat

 Contato

 Blogs e Sites

 Fale Conosco

 Links Úteis

 Mídia de Sergipe

 Newsletter

 Opiniões e Cartas

 Envie Imagens

 Ver Comentários

 Você Repórter

 Widgets

   


 ClickSergipe Informa 

 Cotação do Dolar

 
Loterias

 Lista Telefônica

 Vôos On Line

 Tirar Passaporte

 Fuso Horário

 Resumo de Novelas

 Horóscopo

 Sites + Procurados

 Cálculo Exato

 Preço de Remédios

 Olho no Dinheiro

 Mapa Google Sergipe


 Esportes 

 Esportes em Sergipe

 Esportes Brasil

 Eliminatórias da Copa

 Brasileirão -  Série A

 Brasileirãó - Série B

 Brasileirão - Série C

 Brasileirão -  Série D

 Vôlei

 Fórmula 1

 Liga dos Campeões

 Basquete

 Esportes Aquáticos

 Esportes Radicais

 Olimpíadas


    

 

 


Visite vários pontos turísticos de Sergipe Quando voltar, me conta como foi!!!

 


Aracaju,
 
comente    -    veja comentários


Valor Econômico - Educação ainda é maior desafio do programa

15/10/2009

Chico Santos, de Poço Redondo (SE) e Paulo Afonso (BA)

287 x 39. Uma conta simples, facilmente resolvida por uma criança do 5º ano (4ª série) do ensino fundamental de um bom colégio urbano. Apresentada a um aluno da 7ª série de uma escola rural de Poço Redondo, Semiárido de Sergipe, revelou-se um problema insolúvel, permanecendo assim mesmo com a ajuda da irmã, estudante do 1º ano do ensino médio.

Há pequenos avanços, mas a combinação de escolas deficientes com a dificuldade de aprendizado dos alunos mais carentes mantém o problema educacional um dos maiores desafios para elevar o nível de vida das regiões mais pobres do Brasil. Rosângela Leandro do Nascimento, vice-diretora de uma unidade bem aparelhada para os padrões regionais, a Escola Municipal Jovino de Carvalho (só ensino fundamental e educação noturna de jovens e adultos), no povoado de Riacho (Paulo Afonso, Bahia), admite que contas de multiplicar com algarismos maiores que 5 são muito difíceis para seus alunos.

Há quatro anos, a então diretora da mesma escola Jovino de Carvalho, Deunilzair das Neves Lima, hoje afastada por problemas de saúde, apresentou à reportagem do Valor números desalentadores apurados nas últimas provas aplicadas. O aproveitamento médio fora de 50%, caindo para 30% entre os inscritos no Bolsa Família.

Quando comparados com aqueles números, o aproveitamento do ano de 2008 revela algum progresso. Segundo dados fornecidos pela secretaria da escola, o índice de aprovação do ano passado dos alunos da 1ª à 8ª série que não abandonaram os estudos foi de 66%, caindo para 61% entre os beneficiários do Bolsa Família, cerca de 300 entre os 520 matriculados.

A escola Jovino de Carvalho fica a 20 quilômetros da sede de um dos mais desenvolvidos municípios do Semiárido nordestino (Paulo Afonso, sede de quatro grandes usinas hidrelétricas, 14º IDH entre os 415 municípios baianos). Limpa, bem conservada, com biblioteca diversificada, instalações para as crianças escovarem os dentes, estoque de merenda escolar farto e variado, dois computadores novos para uso dos alunos (oferta de uma ONG) e internet sem fio instalada pela prefeitura.

Faltam, porém, salas de aula. Por causa disso, o laboratório de ciências, que tem equipamentos, está desativado, desalojado pela secretaria da escola que, por sua vez, cedeu seu espaço para uma sala de aula. A vice-diretora disse que, apesar dos avanços "de 2005 para cá", ainda há muita dificuldade de aprendizado e muito desinteresse.

"Muitos alunos só vêm para garantir a presença para o Bolsa Família (o programa exige frequência mínima à escola)", lamenta. E a carência de salas obriga a escola a uma prática comum na região, e que dificulta mais ainda o aprendizado: juntar mais de uma série na mesma turma. Em Panelas, município de Fátima, Bahia, a solução para abrigar os alunos da 3ª série foi dividi-los por aproveitamento: os mais adiantados ficam com a 4ª série e os mais atrasados, com a 2ª.

Em São José da Tapera, Alagoas, uma confusão na passagem de oito para nove anos do ensino fundamental obrigou pelo menos 13 escolas rurais (o município tem 41 escolas no total) a pular o 2º ano que seria a antiga 1ª série.

Segundo a professora Flávia Santos Fontes, uma das três coordenadoras da Secretaria de Educação municipal, no processo de transformação de série para ano, os alunos do que seria o 1º ano em 2008 (antiga alfabetização) foram passados para o 2º ano em agosto e para o 3º no fim do ano. Dessa forma, as escolas que passaram de um sistema para o outro ficaram sem 2ª série este ano.

A coordenadora disse que, como o Ministério da Educação (MEC) não aceitou que os alunos fossem retidos no 2º ano, eles tiveram que passar de ano mesmo sem estar preparados. Segundo ela, só a forte repetência esperada para este ano nas turmas afetadas vai corrigir o problema, evitando que as escolas não tenham 3º ano em 2010.

A secretária nacional de Educação Básica do MEC, Maria Pilar Lacerda, disse que, a partir da demanda da reportagem, consultou a Secretaria de Educação do município alagoano e constatou que, efetivamente, está havendo problema na implantação do ensino fundamental de nove anos. Ela avalia que houve um erro de interpretação e o MEC vai enviar um técnico para ajudar na reorganização da sequência curricular nas escolas afetadas. A proposta a ser apresentada será a da aplicação da chamada provinha aos alunos de 7 e 8 anos para, dessa forma, saber quem está no 2º ou no 3º ano. A secretária disse ainda que o caso de São José da Tapera é preocupante, mas que, no geral, a mudança está sendo feita sem problemas.

A repetência e a forte evasão de alunos são problemas graves na escola Professora Laurentina Ignez de Castro (alfabetização à 8ª série) em Campinas do Castro, Cícero Dantas (BA), apesar dos esforços da equipe de professores dirigida pela professora Marta Vasconcela Pires da Silva. Em 2008 a escola teve 37% de reprovação e 23% de abandono, uma queda dramática nas aprovações que dois anos antes foram de 73,7%.

A evasão de 2008, segundo a diretora, foi de alunos da 5ª à 8ª séries, a maioria para acompanhar os pais que foram trabalhar como boias-frias em outros Estados. "Eles [os pais] não gostam de trabalhar na roça. Deixam de investir aqui para ir para fora e voltar com uma moto, uma coisa. Não sei se é bom", reflete. Marta disse que ela e sua equipe estão fazendo um trabalho de conscientização dos pais para a necessidade de investir nos estudos dos filhos, independentemente da obrigatoriedade imposta pelo Bolsa Família. Além disso, a equipe de 21 professores está dando duas horas extras por semana em aulas de reforço na tentativa de reverter o quadro negativo do aproveitamento dos alunos.

Apesar das dificuldades na educação, ela é considerada a grande janela de perspectiva até pelo pessimista prefeito de Poço Redondo, o franciscano frei Enoque Salvador de Melo (PSB). Crítico do Bolsa Família, que considera só assistencialismo, e dos assentamentos de sem-terra, que considera embriões de "favelas rurais", ele avalia que a farta disponibilidade de recursos para a educação "se bem direcionada" pode abrir espaço para que o município que ele dirige pela terceira vez possa começar a superar os péssimos indicadores socioeconômicos que ostenta.

Poço Redondo recebe R$ 800 mil por mês para a educação. Em um ano (R$ 9,8 milhões), o valor é mais que o dobro da cota municipal no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para 2009. Do total, 60% vão para salários e aperfeiçoamento de professores. Por causa do piso salarial do magistério, de R$ 950, o prefeito conta que na cidade já surgiu uma espécie de nova "profissão" - a do quincas, o marido de professora.

Chico Santos, de Poço Redondo (SE) e Paulo Afonso (BA)

Valor

Coloque esta notícia no seu Twitter:

Comentários
 
comentar  -  imprimir  -  enviar  -  receber  - seguir no twitter - voltar

 

 

000904

Nova pagina 1

 
    


Jovem Pan