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Veja os dez produtos que mais subiram neste ano, segundo o IBGE

13/10/2009

Manga lidera lista, com alta de 66,98% de janeiro a setembro.
Inflação pelo IPCA ficou em 3,21% no mesmo período.

Desde o início do ano, os gastos dos brasileiros subiram 3,21% – essa é a variação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é considerado a “inflação oficial” do país, porque é usado pelo governo para calcular a meta de inflação.

Alguns itens, no entanto, subiram muito mais do que essa variação. É o caso da manga: a fruta, campeã de alta entre janeiro e setembro, já ficou 66,98% mais cara. Dos dez itens que mais subiram este ano, aliás, nove são alimentos, segundo o IBGE. O único “intruso” nessa lista é o cigarro, cuja alta, de 27%, veio na esteira da elevação de impostos sobre produto, decidida pelo governo em abril.

 

 VEJA A LISTA DOS DEZ ITENS QUE MAIS SUBIRAM ESTE ANO
 Item                                Variação (%)
 Manga                             66,98
 Açúcar cristal                    52,36
 Alho                                42,68
 Batata-inglesa                  39,45
 Açúcar refinado                35,84
 Mamão                           30,54
 Melão                             28,31
 Sal refinado                     27,06
 Cigarro                           27,00
Peixe-anchova                  26,86

Fonte: IBGE

Segundo Eulina Nunes, coordenadora do índice de preços do IBGE, a grande variação dos preços dos produtos alimentícios é explicada, em grande parte, pela sazonalidade desses itens, que estão em entressafra. “Esses produtos têm grandes chances de não fechar o ano assim, porque por acaso nesse período (avaliado) estão em alta”, explica.

Ela aponta, no entanto, que o açúcar é uma exceção: “O açúcar é um problema do mercado internacional. Houve quebra de produção na Índia, e o Brasil está abastecendo grande parte do mundo."

Eulina destaca ainda que a grande maioria desses produtos não é relevante em termos de despesa, ou seja, têm pouco peso na formação do IPCA. “São produtos que você não gasta nada com eles. Se você gasta R$ 500 com colégio, e aumenta 100%, você vai passar a gastar R$ 1 mil. Mas se o mamão subir 100%, ele vai passar de R$ 0,50 para R$ 1. Ele não tem importância no orçamento das famílias. Por isso que quando se faz a lista da maior para a menor [variação de preço], são os produtos sazonais que aparecem no topo”, explica.

Por conta disso, itens com altas menores têm, muitas vezes, impacto maior sobre a inflação, como mostra a tabela abaixo:

VEJA OS DEZ ITENS COM MAIOR IMPACTO SOBRE A INFLAÇÃO ESTE ANO
 Item                                                      Variação (%)                 Contribuição (pontos percentuais)
 Cursos formais                                        5,94                            0,28
 Refeição                                                6,28                            0,26
 Empregado doméstico                              7,99                            0,26
 Cigarro                                                  27,00                          0,23
 Ônibus urbano                                        5,33                            0,20
 Produtos farmacêuticos                           6,09                             0,17
 Plano de saúde                                      4,68                             0,16
 Aluguel residencial                                  5,77                             0,16
 Leite pasteurizado                                  14,24                           0,14
 Energia elétrica residencial                       4,08                             0,13

Fonte: IBGE apud G1


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