Ministro Celso Amorim também se filia ao PT
Para o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini a filiação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao PMDB amplia as opções para a composição da chapa da pré-candidata petista à sucessão presidencial de 2010, ministra Dilma Rousseff. Berzoini é de opinião que ele tem plenas condições de ocupar a vaga de vice-presidente. "O ingresso no PMDB não é nenhum problema, é uma solução porque passamos a ter mais opções. Agora, o Meirelles tem uma reserva de possibilidades, ele pode se candidatar ao Senado, ao governo de Goiás, a deputado federal ou a qualquer outra função que for convocado", disse.
Outro nome cogitado para candidato a vice é o do presidente da Câmara, Michel Temer, que até agora segue como o mais cotado para o cargo de vice. "O nome do Temer é forte não só pela posição que ocupa na presidência da Câmara, mas também pelo trabalho no comando do PMDB nos últimos anos", admite também o presidente do PT. Para ele a definição de quem ocupará a vice caberá aos líderes do próprio PMDB. "Essa é uma questão do PMDB, que vai ter que se reunir em um determinado momento e dizer quem vai ser o nome do partido. Isso não cabe ao PT. É óbvio que a candidata vai opinar, mas quando se faz aliança não há espaço para imposição, é preciso buscar o entendimento", disse.
Amorim também
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que tem domicílio eleitoral em Teresópolis, no Rio de Janeiro, decidiu ingressar no PT. Para o presidente do Partido, Ricardo Berzoini, Amorim filiou-se para fazer parte dos quadros do partido e não tem projeto eleitoral em vista.
“É uma grande satisfação para o nosso partido ter como filiado esse extraordinário ministro”, disse o dirigente petista. E explicou que embora ele não tenha manifestado interesse em disputar um cargo eletivo, se ele vier a postular uma vaga de candidato pelo PT, o partido avaliará a solicitação.
Obras paradas
O Congresso Nacional vai decidir se aceita as constatações do Tribunal de Contas da União de irregularidades, com recomendação de paralisação, em 41 obras do governo federal do total de 219 fiscalizadas no segundo trimestre de 2009. O relatório foi entregue pelo presidente do tribunal, Ubiratan Aguiar, ao presidente do Senado, José Sarney.
O documento agora será encaminhado para análise da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Além das 41 obras com indicação de grave irregularidades para outras 22 o TCU recomenda a retenção cautelar no repasse dos recursos públicos previstos para a execução. O total de recursos fiscalizados soma R$ 35,4 bilhões.
Opinião de Dilma
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no entanto, pediu cautela na paralisação de obras pelo Tribunal de Contas da União. Para ela as paralisações de obras de grande porte encarecem muito.E disse também que nota um “descontentamento” de alguns setores com o tribunal.
“Tem que ter muita cautela nesse processo de paralisação de obras. Ao paralisar uma obra você está aumentando o custo dessa obra, por que tem o custo da desmobilização e o custo da remobilização”. Fez questão de registrar, também, que o governo não defende a redução da fiscalização feita pelo tribunal, mas quer discutir a questão das paralisações com o órgão. “É impossível você ter paralisações sistemáticas de obras de grande porte, por que os custos são muito grandes. Noto que há um descontentamento de alguns segmentos. O governo propriamente dito vai tratar desses assuntos, porque a ele chegam muitas falas nesse sentido. Mas não estamos, de jeito nenhum, querendo diminuir o nível de fiscalização”.
Carlos Fehlberg - Política para Políticos