Após polêmica envolvendo sua filha adolescente, coronel pôs seu cargo a disposição e SSP aceitou; Iunes já tem substituto
Após ser acusado de espancamento e cárcere privado por um estudante universitário de 20 anos que provavelmente engatinhava um relacionamento amoroso com sua filha de 14 anos, o comandante de Policiamento Militar da Capital, coronel Maurício Iunes, pôs o seu cargo a disposição e a Secretaria da Segurança Pública (SSP) aceitou.
Ele será substituído pelo coronel Salvador Braulino Sobrinho, atual diretor do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP), que provisoriamente acumulará os dois cargos.
O secretário de Segurança Pública, João Eloy, determinou ao comandante-geral da PM que instaure sindicância para apurar os fatos à luz da legislação militar, assim como também determinou à Coordenadoria de Polícia Civil da Capital a instauração de inquérito policial para apurar eventual prática de ilícito, à luz da legislação penal afeta às crianças e adolescentes.
Contudo a cúpula da SSP tem a certeza que o episódio não atingirá o alto nível de credibilidade que a PM alcançou nos últimos meses com várias prisões, apreensões e combate intensivo ao tráfico de drogas.
Entenda o caso
O estudante universitário do curso de geologia e praticante de jiu-jitsu, Paulo Ítalo Lacerda Pontes, de 20 anos, acusa o comandante de Policiamento da Capital, comandante Maurício Iunes, de tê-lo espancado na madrugada de sábado, 26. Segundo depoimento do jovem, ele saiu com a filha de Iunes, uma adolescente de 14 anos, e os dois foram surpreendidos pelo coronel ao retornar de um passeio.
Ainda segundo o rapaz, ele foi obrigado a entrar no automóvel de Iunes e foi levado até à residência do militar, onde afirma ter apanhado bastante tanto do pai como do irmão da garota. Após a agressão, ele diz ter sido levado à Delegacia Plantonista sob a acusação de estupro. Paulo Ítalo conta que conheceu a menina na academia e mantiveram contato pela internet. "Ela não aparenta ter 14 anos", complementa.
Em entrevista à TV Sergipe, o coronel negou que tenha agredido o jovem por 30 minutos como ele afirma e ainda revelou que o estudante quebrou a mão do seu enteado. "O que um homem de 20 anos queria com uma criança de 14?", questionou ele. Iunes explicou que não utilizou de sua autoridade policial, e sim, de sua autoridade de pai.
O delegado Washington Okada ouviu as partes, não deu detalhes sobre o caso, mas descartou a existência de violência sexual.
História se repete
O caso envolvendo o coronel Iunes é semelhante ao que aconteceu com o coronel Péricles, quando este era comandante-geral da Polícia Militar em Sergipe e ganha desfecho parecido. A diferença entre as duas situações é que Iunes não utilizou da estrutura da PM ao contrário de Péricles, que segundo denúncia, teria convocado 50 policiais para forçar sua filha adolescente a sair da chácara de um amigo.
Fonte: InfoNet - Por Glauco Vinícius, com SSP
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