Vários sites do governo americano, entre eles os da Casa Branca e o Pentágono, sofreram neste final de semana um ciberataque coordenado, informaram nesta quarta-feira vários especialistas em informática. O Departamento de Segurança Interior, que admitiu as ações, preferiu não identificar seus endereços na internet.
Segundo o Serviço de Inteligência Nacional de Seul (NIS, na sigla em inglês), em reportagem da agência Reuters, 26 sites da Coreia do Sul e dos Estados Unidos foram atacados, e alguns deles desabilitados, por hackers possivelmente vinculados à Coreia do Norte.
"Foi um ataque em massa", disse Johannes Ullrich, chefe de tecnologia em informática do centro privado SANS Internet Storm Center. "Nada de muito sofisticado, mas (...) fizeram que entrassem em colapso", acrescentou. "O que ficou mais prejudicado foi o da Comissão Federal de Comércio, ftc.gov", disse Ullrich.
Segundo o especialista, o ataque de hackers também causou destruições nas páginas do Departamento de Segurança Interior, na Administração Federal de Aeronáutica (FAA), na Agência de Segurança Nacional (NSA) e nos Departamentos de Estado e do Tesouro, entre outros.
Entre os privados, Ullrich mencionou a Bolsa de Nova York (NYSE), a eletrônica Nasdaq, o portal Yahoo!, o site de vendas Amazon e o jornal The Washington Post.
A Bolsa de Wall Street admitiu em comunicado que seu site nyse.com foi atacado, mas que isso "não teve um impacto maior".
O Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou ter notificado as agências federais quanto a medidas que poderiam ser tomadas. "Nós vemos ataques às redes federais a cada dia, e as medidas regulares de segurança minimizaram o impacto sobre os sites federais", disse Amy Kudwa, porta-voz do Departamento de Segurança Interna.
Caso a Coreia do Norte seja responsável, isso representaria uma escalada nas tensões que já andam altas desde o teste nuclear de Pyongyang em maio, do disparo de sete mísseis balísticos este mês, e de repetidos insultos da imprensa oficial do país aos seus tradicionais inimigos em Seul e Washington.
(com agências internacionais)
Redação Terra