...dos 18 servidores que responderão a processo disciplinar, três comissionados estão lotados no gabinete da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE)...
BRASÍLIA. dos 6.279 funcionários efetivos e comissionados do Senado, pelo menos 26 servidores não fizeram o recadastramento determinado pela instituição, que terminou na última sexta-feira à meia-noite. Todos eles estavam com os salários bloqueados desde a semana passada, mas apenas 18 dos supostos fantasmas deverão responder a processo disciplinar e correm o risco de ser demitidos.
Os outros oito apresentaram algum tipo de justificativa por não terem participado do processo de recadastramento. A Secretaria de Recursos Humanos divulgou no início da noite o nome e a lotação de cada um desses funcionários.
Entre os supostos fantasmas, 14 são do quadro efetivo do Senado e 12 comissionados, dos quais quatro já foram exonerados.
Entre os efetivos, um abandonou o cargo, dois estão cedidos ao Executivo e um está licenciado para exercício de mandato parlamentar. Este último é o deputado distrital Benício Tavares, que não deverá ser punido, já que está licenciado.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu a demissão dos servidores que não se apresentaram para o recadastramento.
dos 18 servidores que responderão a processo disciplinar, três comissionados estão lotados no gabinete da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), dois no gabinete do senador Cícero Lucena (PSDBPB) e um no gabinete da senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
Também foram listados fantasmas na Gráfica, no Serviço de Policiamento, na Subsecretaria de Instalações Prediais e na Diretoria Geral.
— Para aqueles que não se apresentaram, a primeira providência que vamos ter é de imediatamente cortar salários e, em seguida, vamos dar um prazo muito pequeno para que se apresentem. Se não se apresentarem, vamos demitir — advertiu Sarney.
Ontem, uma nova polêmica tomou conta do Senado, com a divulgação, pelo “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, da compra de 32 cadeiras de resgate para emergência por R$ 197,7 mil. As cadeiras não são equipamento obrigatório de segurança, e cada uma custou R$ 6.180.
Gerson Camarotti
O Globo
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