O Globo - Faltando menos de um ano para as eleições presidenciais, o governo poderá lançar o Bolsa Celular, um novo projeto de telefonia móvel, destinado às classes D e E. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que já apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta que vai permitir que as 11 milhões de pessoas que recebem o Bolsa Família também contem com telefone celular sem pagar nada. Lula, segundo ele, gostou da ideia, e esta semana Costa se reúne com o presidente para entregar o projeto por escrito.
- A TIM já topou na hora. Estamos conversando com a Claro e com a Vivo - disse Costa.
A Vivo divulgou uma nota para informar que vê com interesse qualquer proposta que beneficie a universalização do acesso às telecomunicações do país.
A operadora Oi, por meio de sua assessoria, informou que considera " positiva" toda a proposta que parte de uma desoneração fiscal para a inclusão de uma parcela maior da população aos serviços de telecomunicação, mas ressaltou que é necessário conhecer os detalhes do projeto.
Segundo o ministro, as empresas dariam para cada família um aparelho celular e também depositariam R$ 7 por mês para que as famílias pudessem gastar fazendo ligações telefônicas. Ele disse que o interesse das operadoras é expandir o sistema, que já chegou ao seu limite. As empresas acreditam ainda que as pessoas acabariam usando mais do que os R$ 7, podendo chegar a R$ 12.
O governo abriria mão da receita do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), pago pelas empresas celulares ao ligar cada celular à rede e também pelos serviços. O valor atingiria em dois anos uma arrecadação de R$ 2 bilhões.
Hélio Costa acredita que um projeto semelhante ao do Bolsa Celular também pode ser pensado para a banda larga. Nesta terça-feira, ele se reuniu com presidentes das operadoras para tratar do Plano Nacional de Banda Larga. A proposta de Costa é de que fosse lançado um preço popular para a internet, de R$ 9,99, mas isso não foi discutido com as empresas. As empresas apresentaram vários pontos que consideram necessários para aumentar para o número de conexões de banda larga nos próximos anos.
Fonte: O Globo - Mônica Tavares
|