Caderno Concursos
Apesar da crise, o governo federal validou a abertura de 705 novos postos para o Dnocs, Comando da Aeronáutica, Anac e Ministério do Planejamento
Leonardo Spinelli
Mesmo com a previsão do ministro do Planejamento Paulo Bernardo de reduzir o número de contratações no governo federal este ano, por conta da crise que forçou o governo a cortar R$ 21 bilhões nas previsões de gastos do Orçamento Geral da União (OGU), o órgão não pára de autorizar novos concursos. A última licença foi dada na sexta-feira ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), para 120 novas vagas. Juntando com as outras autorizações publicadas, o Ministério validou a abertura de 705 novos postos, nas últimas duas semanas, para quatro instituições ligadas ao governo federal.
O Comando da Aeronáutica foi autorizado a fazer concurso público para contratar professores. A medida está detalhada na Portaria nº 65, publicada no Diário Oficial da União. No total serão oferecidas 95 vagas.
Segundo a Portaria, o edital deverá prever quatro cargos de Professor de magistério superior e noventa e um cargos de professor do ensino básico federal do quadro de pessoal do Comando da Aeronáutica, no âmbito do Ministério da Defesa. Os aprovados serão convocados para trabalharem na Universidade da Força Aérea (magistério superior) e nas escolas de ensino básico, Brigadeiro Newton Braga, Caminho das Estrelas, Tenente Rego Barros, Especialistas de Aeronáutica e Preparatória de Cadetes do Ar.
O ministro também autorizou concurso com 260 vagas para o quadro de pessoal da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Portaria nº 62 informa que as vagas são para especialista (200) e técnico em Regulação de Aviação Civil (60). A remuneração inicial para especialista (nível superior) é de R$ 10.648,00 e para técnico (nível intermediário) é R$ 5.234,67.
Também foram autorizadas a contratação de 230 analistas em tecnologia da informação, para ampliar o quadro de pessoal efetivo do Ministério do Planejamento. A medida foi autorizada na Portaria nº 63. Os cargos de nível superior pertencem ao Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e o vencimento inicial oferecido será de R$ 2.989,28.
Para todos os órgãos o prazo de realização dos concursos é de seis meses contados a partir da data de publicação da portaria de autorização. Para alguns casos, como no do Ministério do Planejamento, as nomeações dependerão de autorização prévia pela necessidade de confirmar vagas e condições financeiras para o provimento dos cargos.
EXPECTATIVA
Há outros concursos federais que são aguardados para terem suas liberações ainda este ano. Entre os mais esperados estão o da Receita Federal, o da Polícia Federal, do Banco Central e da Polícia Rodoviária Federal, todos com oportunidades para pessoas de nível médio e superior. No caso da Receita Federal, o órgão solicitou a criação de novas vagas para auditor fiscal e analista tributário, cargos de nível superior. Na última seleção, realizada em 2005, os salários iniciais eram de R$ 7.531,13 para auditor e de R$ 3.937,81 para analista.
Com relação à Polícia Federal, o presidente Lula havia sancionado lei, em dezembro passado, criando novas 2 mil vagas, sendo 500 para delegado, 300 de perito criminal, 750 para agente, 400 de escrivão e 50 de papiloscopista. Salários iniciais variam de R$ 7.500 a R$ 13 mil. Também no ano passado a Presidência da República sancionou lei que criou 3 mil vagas para a Polícia Rodoviária Federal e que também passou a exigir o nível superior para a ocupação do cargo de agente. No caso do Banco Central, estão previstas 500 vagas, sendo 350 para analistas de nível superior e 150 para técnicos, com salários de R$ 11.000 e R$ 4.500. Haverá oportunidades para o Recife.
JORNAL DO COMÉRCIO