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Brasília - A senadora Kátia Abreu vai apresentar na próxima terça-feira, junto à Mesa Diretora do Senado, o requerimento de abertura de uma CPI mista para investigar irregularidades no repasse de recursos a cooperativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), conforme denunciou a revista Veja desta semana.
Segundo Kátia Abreu, ela já coletou 29 assinaturas de senadores e, na Câmara, o requerimento já conta com mais de 180 assinaturas. São necessárias 171 de deputados e 27 de senadores. Portanto, já conta com número suficiente para apresentar o requerimento.
Reportagem da Veja mostrou que R$ 60 milhões em recursos públicos já foram destinados a quatro entidades ligadas ao MST para a realização de serviços como georreferenciamento ou pareceres técnicos, sem que os serviços tenham sido feitos integralmente.
Tal montante, destacou Kátia Abreu, seria suficiente para abastecer por um mês quase um milhão de famílias com arroz, ou para a construção de seis mil casas populares no país. Há ainda denúncias de anomalias especialmente em outros estados onde o movimento é mais forte, como em Pernambuco, Mato Grosso e Pará, registrou.
A reportagem da revista afirmou ainda que o MST teria recebido dinheiro de entidades estrangeiras. Kátia Abreu disse já ter pedido ao Banco Central e à Receita Federal informações sobre se há conhecimento da entrada desses recursos no Brasil e uma lista de todas as entidades que os teriam repassado.
Questionada a respeito da CPI com o mesmo objetivo instalada no Senado há alguns anos e que já havia detectado irregularidades nesses repasses, a parlamentar apontou o "desrespeito e o pouco caso" do governo federal com o trabalho da CPI e a "leniência" com os movimentos sociais que invadem terra ao permitir a continuidade dos repasses.
"Faremos nossa parte, denunciando os repasses irregulares sem prestação de contas para qualquer entidade de fachada que venha abastecer um movimento criminoso como MST ou qualquer outro", declarou.
Fonte: ABC Polítiko
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