Requerimento de acesso às listas com nomes de jovens beneficiados foi negado pelos colegas, segundo o vereador oposicionista
O vereador de Aracaju Josenito Vitale de Jesus, o Nitinho (DEM), vai entrar com uma ação no Ministério Público Estadual (MPE) para ter acesso às listas com nomes de crianças e adolescentes beneficiados com a parceria entre a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e a ONG Eunice Weaver.
Nitinho, que faz oposição ao prefeito Edvaldo Nogueira, disse que teve seu requerimento negado pelos seus colegas, que segundo ele, formam uma “tropa de choque” montada pelo líder do governo municipal na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o vereador Elber Batalha Filho (PSB).
“Ele [Elber] já havia dito várias vezes que iria aprovar qualquer requerimento em relação à documentação da Eunice Weaver, mas quando eu fiz a solicitação ele montou uma tropa de choque para recusar, como assim aconteceu. Foi quase unanimidade de votos contrários ao meu requerimento”, conta.
O vereador oposicionista revela que seu objetivo é escolher aleatoriamente alguns nomes dos jovens beneficiados com a parceria e visitá-los para verificar de perto se elas, de fato, receberam a assistência social e pedagógica que custaram milhões à prefeitura. Ainda de acordo com ele, o argumento para que o documento não fosse liberado é de que tal atitude viria a ferir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Por telefone, o Portal Infonet tentou entrar em contato com o vereador Elber Batalha Filho, mas ele não foi localizado até o fechamento desta reportagem.
ONG X PMA
Toda a polêmica envolvendo a ONG Eunice Weaver e a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) teve início em junho, quando o deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) denunciou que o poder público municipal teria repassado cerca de R$ 28 milhões à instituição em 2008. A prefeitura rebateu as afirmações de Bezerra, apresentando à imprensa documentos que provariam que este valor foi empenhado ao longo de dez anos.
Em julho, a PMA entregou a pilha de papéis relativos ao convênio com a ONG ao Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para que estes órgãos analisassem os documentos, mas até o momento nenhuma das instituições se pronunciou sobre o assunto.
Por Glauco Vinícius/PORTAL INFONET