Após 15 dias de greve, os bancários das principais capitais do país resolveram aceitar a nova proposta salarial oferecida pela Fenaban (braço sindical da Febraban - Federação Brasileira dos Bancos) e encerrar a paralisação. As informações são da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que colheu resultados de diversas assembleias regionais até as 21h30.
A paralisação foi encerrada nos bancos privados, mas segue entre os empregados da Caixa Econômica Federal, que decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. Não houve avanços na negociação específica realizada entre o banco e comando nacional de greve, em São Paulo, afirma a Contraf.
No caso do Banco do Brasil, a greve foi encerrada em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Alagoas, Mato Grosso, entre outras. Já em Brasília, Porto Alegre e Ceará a proposta foi recusada. Novas assembleias devem ser realizadas. Veja no site da Contraf a situação em todos os Estados.
Proposta
A proposta da Fenaban foi apresentada nesta quarta-feira ao Comando Nacional dos Bancários, que levou como indicação aos sindicatos estaduais a saída da greve e aceitação da proposta. A proposta de reajuste salarial era de 6%. Na primeira reunião de negociação, a federação tinha oferecido reajuste de 4,5%.
Além do reajuste, a Fenaban manteve o teto de distribuição do PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) em 2% do lucro líquido dos bancos aos funcionários e teto de R$ 2.100.
Inicialmente, os bancários pediram reajuste de 10%, além de PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) composta por três salários mais valor fixo de R$ 3.850. A proposta da Fenaban previa pagamento de 1,5 salário, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido do banco. Os trabalhadores pediam também proteção ao emprego, mais contratações, além do "fim do assédio moral e das metas abusivas".
Segundo a Contraf, mais de 35% das quase 20 mil agências bancárias e postos de trabalho ficaram paralisadas, percentual três vezes maior em comparação ao início da greve.
Contas
A paralisação das agências não altera as datas de vencimento de contas e dívidas. A Fenaban orienta a população a procurar casas lotéricas, supermercados, farmácias, ou pagar as contas pela internet ou pelo telefone.
A Federação, no entanto, não apresentou alternativas para as pessoas que não têm acesso à internet e/ou possuem dificuldades em realizar operações por telefone ou em caixas eletrônicos.
Fonte: UOL
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