Jovem reclama que IML e a maternidade Hildete Falcão se recusaram a emitir um laudo sobre a morte de seu pai
Por volta das 6h30 desta segunda-feira, 26, o corpo de Pedro dos Santos, 41 anos, foi encontrado dentro da casa onde morava, na cidade de São Domingos, povoado Mulungu. Desde então o filho do falecido, Luiz dos Santos, tem feito uma verdadeira peregrinação com o corpo do pai atrás apenas de um atestado de óbito para que possa realizar o enterro. De acordo com o jovem, tanto o IML quanto a maternidade Hildete Falcão se recusaram a receber o corpo e emitir um laudo.
Segundo Luiz, ao saber da morte a família solicitou que o rabecão do IML fosse até a cidade para que recolhesse o corpo do agricultor. De acordo com o filho, os peritos do IML não quiseram recolher o corpo pois alegaram que o agricultor havia morrido em decorrência de causas naturais há pelo menos três dias.
“Eles disseram que não iam levar o corpo do meu pai e sugeriram que nós procurássemos a Delegacia Regional de Itabaiana para pegarmos uma guia de encaminhamento. Com a guia em mãos, trouxemos meu pai no carro da funerária até o IML em Aracaju. Chegamos aqui por volta das 14h, e eles falaram que levássemos o corpo para a Hildete Falcão para que algum médico pudesse dar um laudo”, relata Luiz.
Chegando à maternidade, Luiz teria sido orientado a procurar novamente o IML. “A médica que nos atendeu disse que não daria um laudo pelo fato de ele ter morrido há pelo menos três dias e estar em estado de decomposição. Então nós voltamos ao IML e daqui só saio com o atestado de óbito”, diz.
O vereador da cidade de São Domingos, Josivaldo Barbosa, que esteve acompanhando o filho de Pedro durante todo o dia, pediu ajuda ao deputado Estadual Venâncio Fonseca para tentar resolver o impasse. “O deputado ligou para o diretor do IML, Avercílio Bezerra, e ele teria garantido mandar um médico legista para examinar o corpo do agricultor e emitir um laudo”, diz o vereador.
Ainda sem saber a causa oficial da morte, Luiz dos Santos afirma que o pai bebia muito e, além disso, era epiléptico. “Só quero poder enterrar meu pai com dignidade”, declara o filho.
Poucos instantes após deixar o local, a equipe do Portal Infonet recebeu a informação de que um médico teria chegado ao IML para avaliar o corpo do agricultor.
Fonte: Infonet - Helmo Goes e Raquel Almeida
Caderno Cotidiano no ClickSergipe