A notícia de que um rapaz matou uma cobra que o havia atacado e, em seguida, foi multado em R$ 800 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi tema do pronunciamento do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) nesta terça-feira (10). Ele afirmou que "essa história, ocorrida no Amazonas, é grotesca e acaba por ridicularizar a causa ambiental".
- O rapaz, então, para economizar 800 reais, deveria ter morrido - ironizou o parlamentar, destacando que a cobra em questão é a sucuriju, conhecida por seu tamanho e por matar suas vítimas por esmagamento.
Arthur Virgílio disse ainda que o Ibama precisa identificar quem foi o funcionário que cobrou a multa, para demiti-lo. Para ele, o caso "é um exagero que mistura arbitrariedade com o ridículo, sendo atroz para a vida do caboclo humilde do estado". Além disso, frisou que "o instituto tem missão mais nobre a cumprir".
O senador pelo Amazonas declarou ainda que "são gestos como esses que fazem do Ibama uma entidade pouco apreciada no estado, pois ela funciona como se fosse uma falange fascista". Por meio de apartes, ele recebeu o apoio dos senadores Jefferson Praia (PDT-AM), Cristovam Buarque (PDT-DF), José Agripino (DEM-RN), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).
Copenhague
Ao comentar sobre a conferência das mudanças climáticas que ocorrerá no próximo mês, em Copenhague, Arthur Virgílio criticou o governo federal, "que fala vagamente em diminuir as queimadas na Amazônia, mas é muito pouco claro quanto a metas objetivas de redução dos índices [de emissão de gases do efeito estufa]". Ele lembrou que o Brasil é o quarto maior emissor desses gases no mundo - e que o desmatamento é a principal causa dessa emissão no país.
- Se evitássemos as queimadas, seríamos o 19º. Enfim, fala aqui o meu lado ambientalista - ressaltou ele.
Fonte: Agência Senado
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