Almeida Lima questiona declarações de Cristovam sobre decisão do Conselho de Ética
26/8/2009
Em pronunciamento nesta terça-feira (25), o senador Almeida Lima (PMDB-SE) contestou afirmação do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que voltou a criticar o arquivamento das representações encaminhadas contra o presidente do Senado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Em aparte ao discurso do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam disse ter ficado surpreso com a argumentação apresentada por Almeida Lima para defender Sarney no Conselho de Ética. Na opinião de Cristovam, seria correto o acatamento das denúncias, uma vez que o presidente do Senado teria condições de se defender das acusações, as quais seriam analisadas pelos senadores.
- O senador Cristovam tem tido um jeito especial de acusar e agredir o Senado em seus pronunciamentos. Ele falta com a verdade e está sendo insincero. Ele não está com os ouvidos abertos para ouvir explicação de quem quer que seja. Sua Excelência tem o propósito de denegrir a imagem do presidente José Sarney e de enxovalhar o Senado - afirmou.
Almeida Lima lembrou ainda que Cristovam recentemente propôs "ao Brasil um plebiscito visando a extinção do Senado". O senador também dirigiu algumas perguntas ao ex-governador do Distrito Federal e ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), que já não se encontrava presente em Plenário.
- Está em fim de carreira? O Senado não mais lhe serve? Não imagina ser reeleito pelo DF? Vamos agora jogar pedra na Geni? O Senado Federal é a Geni do senador Cristovam Buarque? Isso é um abuso, é enxovalhar a instituição - afirmou.
Almeida Lima disse ainda que os senadores precisam respeitar a instituição de que fazem parte e voltou a reiterar que as representações contra Sarney não poderiam ter sido acolhidas pelo Conselho de Ética.
- Não devemos admitir esse tipo de comportamento. Dizer que a representação poderia ser aceita não é verdade. Ele [Cristovam] está pronto para ouvir e dizer que não ouviu, entender e dizer que não entendeu, para que o Senado continue a sangrar. É um desejo voltado para as câmeras [de TV] com a perspectiva de uma tábua de salvação para sua eleição em 2010 - afirmou.