Nem todos no PT estão dispostos a pagar qualquer preço pela coligação com o PMDB em torno da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a presidente da República. A linha imposta à cúpula do partido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo questionada por caciques da legenda que têm voo eleitoral próprio. Preocupados com a humilhação imposta à sigla pelo PMDB, estariam nesse campo o ministro da Justiça, Tarso Genro, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, o prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Lindberg Farias, e os governadores da Bahia, Jaques Wagner, e de Sergipe, Marcelo Déda.
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Já abalados pela saída da senadora Marina Silva (AC) do PT para ser candidata a presidente da República pelo PV, o enquadramento do líder da bancada no Senado, Aloizio Mercadante (SP), pelo presidente Lula em pessoa, traumatizou setores do partido que se digladiam com os peemedebistas nos estados. A avaliação é de que o preço do apoio do PMDB não pode ser a desmoralização dos quadros petistas com potencial eleitoral, caso de Mercadante.
Correio Braziliense - Brasília-DF :: Luiz Carlos Azedo - Com Guilherme Queiroz