Eles trabalham cuidando de crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade. As vítimas de abuso sexual, negligência, abandono, agressões físicas e psicológicas encontram no conselheiro tutelar a mão amiga que pode lhe tirar da situação de risco em que se encontra. Mas quem vai proteger os conselheiros tutelares do constante perigo em que se encontram no seu local de trabalho?
Sem nenhum tipo de segurança e com infraestrutura precária, os profissionais eleitos para cuidar dessas crianças e adolescentes dedicam suas vidas a trabalhar arriscando suas próprias vidas em nome do cumprimento de seu dever.
"Recentemente, um rapaz chegou aqui completamente alcoolizado e, no momento, só tinham mulheres aqui. Ele entrou e ameaçou matar a sogra, a mulher dele e a criança que estava recebendo atendimento e nós não sabíamos se ele estava armado ou não. Os conselheiros que deveriam proteger estão trabalhando em situação de risco", relatou a conselheira Greiciele Cardozo.
No 5° distrito, que abrange os bairros Santos Dumont, Lamarão, Soledade, Bugio, Maria do Carmo I e II, São Carlos, Jardim Centenário, Anchietão, Veneza I e II, Almirante Tamandaré e José Conrado de Araújo, os cinco conselheiros trabalham sem nenhum tipo de segurança: nem da Polícia Militar, nem da Guarda Municipal.
CORREIO DE SERGIPE