O Ministério Público Estadual, por meio da promotora de Justiça Miriam Tereza, responsável pela Promotoria Especializada na Defesa dos Direitos da Saúde, visitou na manhã de ontem as instalações do Serviço de Pediatria do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que está funcionando provisoriamente na Maternidade Hildete Falcão Baptista. Durante a visita, foram verificadas as reais condições da unidade, já que inúmeros problemas foram apontados, como a inexistência de uma sala cirúrgica na unidade hospitalar.
“A demora no atendimento é ocasionada pelo número insuficiente de médicos para atender a grande quantidade de pacientes”, afirmou a promotora de Justiça. Ela espera que em menos de 45 dias os gestores realizem as adequações necessárias na unidade.
Durante a visita, a promotora Miriam Tereza constatou ainda que a ausência de um centro cirúrgico é o problema mais grave do serviço de pediatria. “Quando as crianças têm que passar por algum procedimento mais sério são transferidas para o Huse, o que aumenta a possibilidade de morte do paciente”, comentou.
Em defesa, a coordenadora pediátrica da unidade, Cristiane Barreto, explicou que a equipe do Huse foi transferida para a Hildete Falcão e, por isso, ainda é preciso fazer adaptações.
“Os equipamentos do antigo centro cirúrgico da maternidade, por exemplo, não estavam em condições de uso. Porém, já temos o projeto de uma nova sala cirúrgica e vamos encaminhá-lo ao Ministério Público”, disse a coordenadora, garantindo que entre os meses de fevereiro e março o serviço de pediatria da Hildete Falcão deve voltar a funcionar no Huse.
Outro problema da Hildete Falcão, segundo o promotor, é o perigo eminente de infecção, já que os leitos na pediatria estão muito próximos, distante menos de um metro de um para o outro, sendo que o espaçamento correto é de um metro, contrariando o que determina a Legislação Sanitária, que recomenda um metro de distância.
Fonte: Jornal da Cidade
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