Deputados são acusados de reter salários de assessores
5/8/2009
Brasília - A comissão de sindicância criada pela Câmara dos Deputados para apurar o esquema de venda de passagens da cota de parlamentares acusa dois deputados federais - Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE) - de reter parte dos salários de seus assessores.
A investigação é feita sob sigilo. Roberto teria sido denunciado por seu ex-chefe de gabinete Luiz Nogueira. O deputado afirmou que a acusação é fruto de uma vingança do ex-funcionário, exonerado por ele em 2008.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, contra Rabelo existiria uma acusação de fraude em notas fiscais para compra de combustíveis com a verba indenizatória mensal de R$ 15 mil, destinada à manutenção de escritórios. Rabelo foi procurado, mas não foi localizado, informou o jornal.
O relatório da comissão, que passou 90 dias investigando o esquema, foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) no fim de julho. A comissão encontrou indícios da participação direta de pelo menos três deputados no esquema de comercialização das cotas de passagens aéreas. Outros 44 servidores ou ex-servidores responderão a processos administrativos.