Enfermeiros, auxiliares e técnicos reclamam do baixo quantitativo para atender a demanda
Moema Lopes, de Aracaju
De braços cruzados por 2 horas. Foi dessa forma que os enfermeiros, técnicos e auxiliares dos hospitais municipais Nestor Piva (Zona Norte) e Fernando Franco (Zona Sul) protestaram nesta manhã, 16, contra o descaso do governo com relação ao quantitativo reduzido de servidores para o atendimento da população. “Esse é o principal objetivo da nossa paralisação. Não estamos cobrando aumento. Os servidores querem agora o aumento do número de pessoal”, explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Município de Aracaju (Sintasa), Augusto Couto.
Segundo ele, a maioria dos servidores desses hospitais está adoecendo por conta da carga de trabalho excessiva. “Estamos fazendo um levantamento para ver quantos estão afastados por problemas de saúde. O número de funcionários está reduzindo e a demanda de atendimento na rede municipal é muito grande. Na segunda-feira, somente aqui no Nestor Piva, foram cerca de 400 atendimentos”, disse.
Enfermeiros, técnicos e auxiliares dos hospitais municipais paralisaram as atividades por duas horas
Depois do protesto, os representantes do Sintasa ficaram de enviar um documento para a promotora de Justiça, Miriam Tereza Cardoso Machado, da Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE) para tentar uma solução para o caso junto com a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).
“Já encaminhamos para a PMA, desde janeiro, um documento criando vagas para auxiliar de enfermagem. Mas até agora nada. Os servidores estão sofrendo, adoecendo e o paciente, que não tem culpa, dura em média duas horas para ser atendido”, Informou Augusto Couto. De acordo com ele, para regularizar a situação, é necessário dobrar o efetivo. “São 36 por plantão, mas para atender melhor a demanda o necessário são 70 nos dois hospitais’, afirmou.
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