Cerca de R$ 200 mil que foram descontados do salário dos servidores municipais pelo ex-prefeito de Neópolis, Carlos Guedes, o “Carlinhos” (PTB), sumiram e não foram repassados para o banco Semear, como parte de um contrato para empréstimo consignado em folha. A denúncia é do Sindicato dos Servidores Públicos da prefeitura.
De acordo com o presidente da entidade, Manoel Messias Gonzaga de Lima, por conta dessa situação, funcionários estão com o nome no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) e outros recebendo carta de cobrança do banco.
“Esse é um dinheiro que já foi descontado do salário do funcionalismo, mas não sabemos o porquê do ex-gestor não ter repassado para o banco. Já o atual prefeito (Felipe Barreto), que repassou o valor do mês de junho, nos informou que não encontrou nenhuma quantia guardada na prefeitura referente ao que foi descontado. Ou seja, o nosso dinheiro sumiu e não sabemos aonde foi parar”, reclama o presidente.
Manoel Messias conta que há servidores que estão “inadimplentes” com o banco desde agosto do ano passado, quando Carlinhos deixou de repassar o dinheiro. “Tem funcionários também com problemas no Banese, na Caixa e no Banco do Brasil. Só que nesse caso, como são instituições que movimentam contas da prefeitura, eles conseguiram reaver as quantias”, diz.
Ele diz que a situação da categoria é constrangedora, uma vez que aqueles que estão no SPC ficam impedidos de fazer compras, adquirir crédito e com fama de caloteiro no comércio. “Procuramos o Ministério Público Estadual e a promotora (Karla Christiany Cruz Leite) nos disse que iria abrir um inquérito administrativo para apurar as responsabilidades. Trata-se de um dinheiro que nos pertence, pois foi tirado do nosso salário, e não sabemos para onde foi”, afirma Manoel Messias.
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