A greve dos bancários continua nesta sexta-feira, dia 9. Em assembleia realizada ontem à noite (8), a categoria rejeitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, na última quarta-feira (7). Ficou definida outra assembleia para hoje, às 17 horas, para avaliar novas propostas.
Os bancários estão reivindicando um reajuste salarial de 10%, o que significaria aumento real de cerca de 5%, mas a Fenaban ofereceu apenas 6%. Apesar de o Comando Nacional dos Bancários ter considerado que houve avanços em relação à primeira proposta da Fenaban, que era de 4,5%, e ter orientado pela aprovação nos bancos privados, a proposta foi rejeitada de forma unificada.
No caso específico do Banco do Brasil, a proposta inclui aumento de 3% no Plano de Cargos e Salários do banco, além da contratação de 10 mil novos funcionários, o que aumenta os quadros da empresa em cerca de 10%.
No Caso da Caixa, na negociação desta quinta (8) foi mantida a proposta apresentada para os bancos públicos. A novidade foi o aumento do número de empregados que serão contratados. Dos 2.200 trabalhadores informados na última reunião, o banco anunciou que contratará 3 mil bancários em 2010.
Quanto ao Banco do Nordeste e Banese, as propostas específicas foram consideradas insuficientes. Por isso houve a orientação pela manutenção da greve.
Veja as reivindicações dos bancários
As principais reivindicações da categoria, aprovadas na Conferência Nacional realizada entre 17 e 19 de julho e ratificadas pelas assembleias, são as seguintes:
- Reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real).
- PLR de três salários mais R$ 3.850.
- Valorização dos pisos:
Portaria: R$ 1.432.
Escriturário: R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese).
Caixa: R$ 2.763,45.
Primeiro comissionado: R$ 3.447,80.
Primeiro gerente: R$4. 605,73.
- Auxílio-refeição: R$ 19,25.
- Cesta-alimentação: R$ 465,00 (um salário mínimo).
- 13ª cesta-alimentação: R$ 465,00.
- Auxílio-creche/babá: R$ 465,00.
- Fim das metas abusivas e do assédio moral.
- Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com as entidades sindicais.
- Contratação da remuneração total, inclusive a parte variável, com a incorporação dos valores aos salários e reflexo em todos os direitos (13º, férias e aposentadoria) - com o objetivo de acabar com as metas abusivas.
- Garantia de emprego, fim das terceirizações e ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas.
- Mais segurança nas agências.
- Auxílio-educação para todos.
- Ampliação da licença-maternidade para seis meses
Fonte: Ne Notícias
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