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Banese disponibiliza R$ 20 milhões em crédito para pequenos produtores rurais

14/7/2009

De repente, ele começa a correr. Pisando sobre os antigos calçados, o produtor rural Antônio Andrade do Rosário se aproxima do rebanho, como quem faz isso há muito tempo. Nos braços, leva um relógio digital, que contrasta com suas vestes desbotadas e furadas de tanto passar por debaixo de cercas de arame. Chapéu de couro e facão na cintura completam o visual. Nesse momento, os bois, as vacas e as ovelhas já estão reunidos, esperando seu Antônio tangê-los para o local onde receberiam comida. “Eles se acostumaram comigo e nem se assustam mais quando chego perto. Isso porque, na época da seca, eles podiam estar no fim do mundo, mas era só eu chamar que todos vinham atrás de mim para comer ração”, explica o sertanejo de Poço Verde.

Antônio Andrade fez de tudo para não deixar morrer nenhuma das suas 42 cabeças de gado e 20 ovinos nesta que foi a segunda pior seca que presenciou ao longo dos seus 62 anos de vida. “Pior do que esta, que durou quase 10 meses, só a de 1976. Os pastos se acabaram tudo e meu gado estava no couro e no osso. Eu me endividei para comprar ração e já estava pegando as coisas fiado nas casas agrícolas”, lembra o criador, informando ainda que não havia plantado palma forrageira suficientemente para agüentar um período tão longo de estiagem. “O que eu mais quero agora é plantar palma, porque, se ‘bater a seca’ de novo, eu vou estar mais preparado”, conta.

Histórias como a de seu Antônio são freqüentes em todos os municípios que compõem o semi-árido sergipano. Milhares de pequenos criadores também fizeram o que estava ao alcance para impedir a morte de seus animais. No entanto, a forte seca não poupou o rebanho de gado leiteiro do estado e registrou-se uma perda significativa de bovinos. Isso refletiu diretamente na queda da produção, já que a zona do semiárido responde por mais de 60% do leite produzido em Sergipe.

Para minimizar os efeitos da estiagem sobre a agropecuária em Sergipe, o Governo do Estado, entre outras iniciativas do ‘Plano Sertanejo’, criou duas linhas especiais de crédito no Banco do Estado de Sergipe (Banese) visando atender pequenos proprietários rurais dos 15 municípios do semiárido que decretaram situação de emergência por conta da seca. A primeira já foi encerrada, tendo beneficiado 1.854 famílias. Para esta linha, o banco disponibilizou recursos próprios da ordem de R$ 10 milhões, garantindo aos produtores financiamentos individuais com valores entre R$ 400 e R$ 8 mil para custeio emergencial, isto é, destinados à compra de alimento para o rebanho.

Em Poço Verde, seu Antônio foi um dos primeiros a pegar o empréstimo. “A ração que armazenei tinha acabado e estava usando dinheiro da aposentadoria para comprar alimento para os animais. Consegui R$ 4,2 mil no Banese, comprei R$ 2 mil de palma e o resto de farelo de milho. Isso me aliviou muito, porque naquela época eu estava num sufoco brabo, fazendo dívida. Agora não devo mais a ninguém, só ao banco. Fui lá buscar o dinheiro satisfeito e vou pagar mais satisfeito ainda”, destacou ele, que sustenta a esposa e os três filhos com o que ganha vendendo o gado para corte.

Critérios

A integração entre as diversas secretarias e órgãos da administração estadual foi determinante para o sucesso da iniciativa. Os projetos de custeio emergencial enviados ao Banese tinham que ser elaborados pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) ou pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), quando as propriedades estavam situadas nos perímetros irrigados. Ambas as instituições, vinculadas à Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), realizaram verdadeiros mutirões junto ao corpo gerencial do Banese com o objetivo de atender a maior quantidade possível de produtores rurais.

“Em seguida, o banco fazia a análise operacional do projeto, que já levava em consideração aspectos como a ficha sanitária da propriedade. Com recursos próprios, o Banese financiou a alimentação do gado por um período de 30 a 90 dias, mediante a taxa de juros anual de 6,75%. Todas as exigências, inclusive os impedimentos por situações de inadimplência em outras instituições financeiras, referentes a programas de agricultura familiar, foram simplificadas para assegurar um dinheiro tão importante no período de seca. E só foi possível realizar milhares de operações de crédito porque elas tiveram o amparo do Fundo de Aval do Estado de Sergipe [FAES]”, explica o diretor de Crédito de Desenvolvimento do Banese, Edson Caetano.

A segunda linha de financiamento foi aberta em 1º de junho. Mais R$ 10 milhões estão sendo disponibilizados para os agricultores familiares, só que desta vez o valor de cada empréstimo individual pode chegar a até R$ 20 mil. Isso porque o crédito será destinado exclusivamente a investimentos na infraestrutura das propriedades, como a instalação de silos trincheiras, abertura de tanques e poços artesianos, e plantio de palma e outras forrageiras. Os projetos também precisam ser elaborados pela Emdagro ou Cohidro para receberem a análise do Banese.

Segundo Edson Caetano, esta linha ficará aberta até dezembro deste ano, podendo ser prorrogada, caso os recursos não esgotem. “O nosso objetivo é que os produtores preparem as suas propriedades de modo a evitar problemas futuros com a seca”, aponta o diretor do Banese. Os R$ 10 milhões virão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), e a taxa real de juros sobre as operações de crédito será de apenas 3,75% ao ano, com o amparo do FAES.

“Assim como aconteceu na primeira linha, também acompanharemos de perto a utilização desses recursos, para que eles sejam empregados no que consta no projeto apresentado pela Emdagro, elaborado em parceria com os produtores”, completa Edson Caetano. Ele ressalta ainda que, inserido no conjunto de ações ‘Plano Sertanejo’, o Banese tem desempenhado um papel de fundamental importância para o desenvolvimento do estado. “Estamos trabalhando como agente do desenvolvimento de Sergipe, cumprindo as premissas traçadas pelo governador Marcelo Déda”, finaliza o diretor.

O secretário de Estado da Agricultura, Paulo Viana, concorda com a análise. Para ele, o preparo do Banese em começar a trabalhar praticamente de um dia para o outro com a oferta de crédito para o custeio agropecuário, a partir das determinações do governador, prova a importância da instituição no cenário das decisões político-econômicas do Governo de Sergipe. “Sendo um banco estatal, o Banese tem uma margem de decisão extremamente ampla, e o incentivo à agropecuária é fundamental para o crescimento de Sergipe”, comentou.

Orientação

De acordo com Paulo Viana, atualmente os técnicos da Emdagro têm orientado os produtores a priorizar a conservação de forragens, antes que eles pensem em ampliar o rebanho. Dessa forma, o criador poderá passar um período crítico de estiagem no futuro sem precisar buscar ração fora da propriedade, os chamados concentrados. “Temos que admitir que este é o clima da zona semiárida, por isso o trabalho de conscientização é tão importante. O produtor precisa ampliar o plantio de palma, fazer o silo e o feno. Ele tem que calcular o volume de forragem que precisa armazenar a partir do tamanho de seu rebanho. E a Emdagro está à disposição para ajudá-lo”, informou o secretário da Agricultura.

A mensagem do Governo está sendo bem assimilada no semi-árido sergipano. O produtor rural Domingos Rabelo dos Santos, por exemplo, já está aproveitando as chuvas para plantar palma e milho. O objetivo do morador do povoado Barragem, em Poço Verde, é fazer silagem, um dos métodos de conservação de forragem para alimentação de animais na ausência de pastagens. “Essa seca foi muito feia. Se demorasse mais a chover, talvez não achássemos mais lugar para comprar ração. Eu já tinha gastado R$ 600 do meu bolso com comida para o rebanho, e ainda bem que consegui mais R$ 2.560,00 no Banese”, disse ele, que tem 25 cabeças de gado para a produção leiteira.

Domingos explica que a primeira providência que tomou ao receber o dinheiro foi comprar milho, farelo de trigo e caroço de algodão para alimentar o gado. “Os animais estavam muito magros. Tenho vaca que pesava 14 arrobas e chegou a pesar oito. A minha produção também caiu pela metade. Mas agora as vacas estão gordas e voltei a tirar de 60 a 70 litros de leite por dia”, revela o criador, de 38 anos.

A mais de 200 quilômetros dali, no povoado Curituba, município de Canindé do São Francisco, seu Antônio de Carvalho Feitosa, de 76 anos, perdeu 10 cabeças de gado e ainda teve que dar remédio para outros animais, para evitar que o pior acontecesse. Ele também recorreu ao financiamento do Banese para conseguir manter o rebanho. “Peguei R$ 3,6 mil e esse dinheiro me ajudou muito. A ajuda do Governo foi importante e isso eu digo em todo lugar. Vou pagar com gosto”, exclamou o produtor, que hoje possui 30 bovinos para a produção leiteira e já está plantando mais palma do que de costume. “Porque plantando palma, não morre animal”, diz.

Em Nossa Senhora da Glória, Gilson da Silva Aragão é mais um que comemora a ação do Governo do Estado. Ele pegou um financiamento de R$ 2,4 mil e comprou ração para suas 10 vacas leiteiras. “A produção já melhorou 50% e hoje tiro de 80 a 100 litros de leite por dia. A ração que ainda tenho aí dura mais uns 30 dias. Graças a Deus, a ajuda do Governo chegou na hora certa: antes de meus animais morrerem”, afirmou.

* Por Carlos Lordelo

ASN

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