O senador Almeida Lima (PMDB), não está gostando nada das divulgações feitas pela imprensa de que ele está praticando nepotismo em seu gabinete. O senador voltou a negar que esteja praticando tal ato, explicando que não tem nenhum parente, até terceiro grau, nomeado em seu gabinete.

Em entrevista ao programa Liberdade sem Censura, na manha desta sexta-feira (10), Almeida Lima voltou a qualificar o jornalista Fábio Zanini, da Folha de São Paulo, como “canalha”. “Disse sim que ele é um canalha, mas consciente e com muita calma. Não estava descontrolado não. Ele precisa respeitar o mandato de um senador”, desabafa.

O senador disse que no congresso nacional só vai fazer política, afirmando que em Sergipe todo mundo se conhece. Ao seu modo, pausadamente, Almeida Lima disse que nunca nomeou seus filhos, esposa e irmãos em seu gabinete ou no gabinete de outro parlamentar. “Pergunte aos ex-deputados, Jorge Alberto e Bosco Costa, se eles nomearam?. Fui deputado estadual e nunca nomeei minha mãe e nem minha mulher em meu gabinete”, insinuando que o também ex-deputado Marcos Franco (sobrinho de Jorge Alberto),  nomeou sua mãe quando exerceu seu mandato. “Há políticos que fizeram nepotismo cruzado. Pergunte a eles. Pergunte ao Jorge Alberto e ao Bosco Costa. Alguns fizeram nepotismo cruzado”, afirmou Almeida.

Para ele, a imprensa não está respeitando como senador da república. Almeida disse que seu telhado está à disposição, porem que isso seja feito de modo que não fira a sua dignidade. O senador disse que está aberto para que a imprensa divulgue o seu trabalho, porem segundo ele, os jornalistas sergipanos estão tentando “me desmerecer”, disse ele.

Quanto a política, Lima deixou entender que pode disputar o governo no estado, bem como pode disputar a reeleição, já que o partido tem duas vagas. Ele também não descartou a hipótese de uma aproximação com o ex-governador João Alves (DEM), porem sendo ele o cabeça de chapa. “Porque não pode ser ele (João Alves) a apoiar minha candidatura. Não tem problema um acordo com ele ou com outro politico”, disse ele, afirmando que o PMDB pretende em 2010, fazer o maior número possivel de governadores.

Jackson Barreto

Ao que parece, Almeida Lima e o primo Jackson Barreto estão muito próximos de fumarem o “cachimbo da paz”. Se depender do senador, isso poderá ocorrer a qualquer momento. “Vou dizer uma coisa em absoluta primeira mão. Em 13 anos pela primeira eu digo. Qual o problema em sentar com Jackson Barreto para discutir a política de nosso estado?, nenhum. Sou um homem civilizado e polido politicamente”, afirmou Almeida.

Munir Darrage/FAX AJU