O dia de visita no presídio Carvalho Neto em São Cristovão foi marcado por muita confusão. Os agentes penintenciários resolveraam fazer uma manifestação deixando familiares descontentes por não poderem visitar os presos. Eles reclamam que no local trabalham 11 agentes que cuidam de 1049 detentos. A capacidade do presídio é para 850.
Os agentes penitenciários decidiram não mais trabalhar em contato com os presos, como forma de protesto e denúncia na deficiência do quadro de funcionários. A Operação "Corpo Mole" desenvolvida pelos agentes prisionais acontecem em todas as unidades sergipanas . Eles passaram a desenvolver apenas atividades administrativas e com isso as visitas dos familiares dos custodiados foram suspensas.
No presídio de São Cristóvão, as várias mães, irmãs e companheiras de várias cidades do interior sergipano que vieram de longe para visitar os detentos, ficaram decepcionadas. Elas foram impedidas de entrar para a visita . Os presos do pavilhão 03 que deveriam estar hoje no banho do sol ficaram trancados em suas celas como os demais pavilhões. "Eu vim de Propriá para ver meu filho. Fica difícil viajar de tão longe e não consegui entrar", desabafa a mãe de um dos detentos, Ana Maria Santos.
"Quem manda nos presídios são os agentes. Ele tem todo o direito de fazer a manifestação desde que não prejudique o direitos dos outros", disse a esposa de um custodiado, Josefa Almeida.
O quadro de agentes prisionais é composto de 600 servidores . Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários, são necessários mais 1200 para atender o quadro e atender a legislação nacional.
"A resolução do Ministério da Justiça estabelece a proporção de 5 detentos para 1 agente penitenciário. Hoje a proporção é de 100 detentos para 1 agente, ou seja o Estado está nos submetendo a um problema constante", declarou Claúdio Viana, presidente do sindicatos. Ainda segundo o Sindicato, o problema só será resolvido coma realização de concurso público.
De acordo com o diretor do Desipe, Manoel Lúcio, a situação foi contornada em razão e providências tomadas pelo Departamento do Sistema Penitenciário para resolver os problemas.
ATALAIA AGORA