Os 180 médicos do Instituto de Previdência do Estado de Sergipe (Ipesaúde) podem cruzar os braços ainda esta semana. A situação da categoria em relação ao pagamento da gratificação de estímulo à atividade e assistência à saúde (Geapa) voltou a ser discutida ontem à noite, em assembleia realizada no Sindicato dos Médicos (Sindimed), em Aracaju.
A gratificação foi acordada entre a classe e o governo do Estado, que segundo o sindicato do setor não vem cumprindo com o acordado. “Caso haja greve o culpado é o governo do Estado, que não vem honrando o acertado”, afirmou o presidente do Sindimed, José Menezes.
Segundo Menezes, a direção do Ipes implantou somente 2/3 da Geapa. "Ficou acertado na Mesa de Negociação Permanente o pagamento do restante, mas a informação é de que o governador não vai pagar. Caso até hoje (ontem) não tenhamos uma posição favorável à categoria, nem por parte do Ipes nem por parte da Secretaria de Estado da Administração, poderemos aprovar o indicativo de greve”, alertou.
A assembleia começou por volta das 19 horas e teve como uma das pautas a decisão, ou não, pela greve da categoria. A gratificação foi acordada entre a classe e o governo do Estado e vem sendo paga desde maio de 2008, mas apenas uma parcela dos médicos recebeu.
A possibilidade de uma greve por parte dos médicos do Ipes é vista pelo diretor-presidente do Ipes, Vinicius Barbosa, como “descabida para o momento, já que a gratificação foi criada ano passado e com isso o aumento médio na remuneração dos médicos variou de 80% a 130%”. Barbosa alega que o governo entende não ter como atender às reivindicações da categoria justamente pelo impacto na folha.
Ainda segundo Barbosa, a Geapa vem sendo paga desde maio do ano passado, sendo R$ 800 para os médicos que atuam no ambulatório e R$ 2,5 mil para quem atua na urgência. “Os médicos fizeram a proposta de aumento de R$ 800 para 1,2 mil e de R$ 1,5 mil para R$ 2,1 mil.
Só que o impacto na folha seria de R$ 4 milhões. Como a categoria já recebe a gratificação, o governo optou por beneficiar outros trabalhadores”, ressaltou ele.
Fonte: Jornal da Cidade
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